Syrup and the Ultimate Sweet – Análise
Não há muitos segredos por desvendar no que diz respeito às mecânicas das “Visual Novels”. Já Syrup and the Ultimate Sweet acaba por ser como um rebuçado sem embrulho. A doçura está presente, em conjunto com toda a meiguice associada, mas com algumas falhas que impedem uma experiência coesa. É necessário especificar, contudo, que o preço é diretamente proporcional ao bolo no seu todo, e por €4,99 recebe-se uma aventura adocicada com uma longevidade entre duas a três horas e com direito a dez finais diferentes.
A trama principal, que segue de perto a alquimista de doces Syrup e uma quantidade generosa de personagens secundárias, relata o nascimento misterioso de um ser artificial, feito com muita magia, bombons e alegria, que acorda na loja conhecida como Atelier Sweets. Em conjunto com o seu funcionário Pastille, Syrup estranha a sua existência e desconfiada como ela é, rapidamente atribui a culpa à rival Butterscotch pelo acontecimento. Doravante as escolhas estão a cargo do jogador, o que cria um problema muito específico neste tipo de jogos.
De uma forma geral, todas as personagens estão bem executadas, cada uma com a sua personalidade própria. Infelizmente Syrup já começa com traços definidos como por exemplo, uma desconfiança acentuada ou arrogância persistente. Isto é dissonante quando o jogador opta por vias mais simpáticas, onde Syrup sofre uma mudança quase instantânea. Todas as personagens que o jogador controla num “Visual Novel” devem ser cuidadosamente escritas ou em alternativa, autênticos quadros em branco personalizáveis. Ainda assim, não obstante este pequeno percalço, o enredo avança a um bom ritmo independentemente das escolhas.
Algumas escolhas são obviamente mais importantes que outras, e Syrup and the Ultimate Sweet permite gravar o avanço do jogador a qualquer momento para garantir uma travessia rápida entre diálogos. No menu principal de jogo, para além de todas as habituais opções disponíveis, o jogador conseguirá consultar os passos a tomar para chegar a qualquer um dos dez finais, o que reduz o nível de dificuldade em causa e consequentemente, o tempo perdido à procura de cada um deles.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOO Bom
- Mundo encantador
- Finais satisfatórios
- Bom enredo
O Mau
- Alguns traços da personagem principal
Analisar um videojogo é como uma experiência gastronómica: pode correr muito bem, muito mal ou não correr de todo. Pelo menos é o que este membro da equipa acredita. No entanto, nunca deixará que a sua fome altere os critérios de análise. Pelo menos não muito.