Creepy Tale – Análise
Se alguma vez Tim Burton criar um jogo o resultado será algo como este Creepy Tale, um jogo com um ambiente inquietante, um enredo tenebroso e uma jogabilidade para dar uso à cabeça mas sem as presenças de Depp e Bonham Carter. Se isso é bom ou mau, são vocês a decidir. Quanto a mim, esta aventura deixou-me indiferente. Se o ambiente visual e a banda sonora merecem nota positiva, bem como a forma como os acontecimentos se desenrolam, os momentos de resolução de “puzzles” parecem andar mais aos tropeções numa espécie de ‘para-arranca’. Se os “puzzles” não desempenham uma função legítima num jogo, só lá estão para justificar etapas. Caso contrário mais valia assistir a uma curta metragem baseada neste jogo.
Creepy Tale apresenta-nos dois irmãos a apanhar cogumelos numa floresta quando se distraem com uma borboleta. Nisto e porque se perdem, um deles é raptado e cabe ao jogador resgatá-lo, o que o leva a atravessar regiões tenebrosas onde tem que resolver “puzzles”, cada um maior do que o anterior. É difícil não gostar do ambiente visual, com os seus níveis desenhados à mão e povoados por criaturas oriundas dos contos de fadas da nossa infância. A imersão é fantástica e faz-nos querer saber mais e mais sobre aquele mundo e aqueles seres, é como uma/várias histórias dentro de outra maior. O reverso da medalha é mesmo a resolução dos “puzzles”. São pouco intuitivos e muitas vezes resolvidos por pura sorte ou por premir botões ao calhas. Nota-se que o foco da Deqaf era o enredo e não a jogabilidade propriamente dita. E isso não é necessariamente um problema, é o que é e não mais. Há alturas que roçam o frustrante durante a resolução dos “puzzles”, por exemplo quando um objeto está junto à uma saída e em vez de interagirmos com ele, acabamos por sair do mapa, revertendo o que fizemos com o “puzzle”…
Se ignorarem este pormenor e quiserem algo acessível, barato e surreal “à la” Irmãos Grimm, este jogo é para vocês.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Ambiente
Pontos negativos
- "Puzzles" frustrantes
Tempo contado, demasiadas ocupações. Para aguentar uma crise de tenra idade, o André joga e escreve sobre jogos. É fã de RPG japoneses e de uma história de puxar à lágrima.