Neon Abyss – Análise
Da prestigiada Team17 chega-nos Neon Abyss, um jogo que apresenta uma estrutura bastante semelhante ao que se tornou o padrão nos “roguelikes” de ação e plataformas. Temos a possibilidade de percorrer níveis, gerados arbitrariamente e de forma ilimitada, onde a morte do protagonista obriga a reiniciar a aventura, perdendo todo o avanço, armamento e colecionáveis adquiridos até então. A progressão do jogador segue um esquema de árvore de habilidades, que evolui à medida que adquirimos pontos. O equilíbrio entre o número de pontos necessário para fazer evoluir a nossa personagem e a vantagem adquirida na jogabilidade apresenta-se de forma justa e coerente. A banda sonora acompanha bem o jogo, mas nunca assume um destaque particular e é pouco notável, algo que contrasta com o ambiente visual que apesar do estilo retro, faz jus ao título do jogo, usando luzes néon de forma inteligente, reunindo elementos diferenciadores num estilo já amplamente utilizado e onde é difícil apresentar algo novo.
A estrutura de níveis segue o habitual nos “roguelikes”, dividindo a exploração em locais interligados gerados de forma aleatória, o que lhe garante uma longevidade (quase) ilimitada. A grande maioria dos locais representa áreas de combate onde devemos eliminar todos os inimigos para avançar. Ao passar por “checkpoints” o jogador pode teletransportar-se para locais distantes de forma imediata. As restantes áreas variam entre pontos de aquisição de equipamento e combates com “bosses” finais. Estes combates apresentam variedade e um nível de desafio interessante, independentemente do nível de dificuldade. Ao fim de quatro níveis é preciso combater um “boss” de maior dificuldade. Na versão Nintendo Switch é frequente encontrar quebras de desempenho durante os combates mais frenéticos, sendo que o tempo de reposta é essencial neste jogo. Torna-se demasiado frustrante perder todo o avanço devido a circunstâncias alheias à perícia do jogador, um dos maiores pontos negativos a apontar ao jogo.
O nível de dificuldade acompanha o avanço no jogo de forma equilibrada, apesar da natureza aleatória do jogo. A construção de níveis é coerente e mantém a componente de exploração em plataformas eficaz e desafiante. A jogabilidade é intuitiva, a curva de aprendizagem é baixa e é possível alterar o esquema de controlos para quem não se identifique com o padrão. Uma mecânica interessante é a introdução de mascotes para ajuda do jogador, que podem ser adquiridas de várias formas ao longo da jornada e que têm características ofensivas diferentes, sendo uma verdadeira ajuda em combate. Algumas podem até evoluir para versões mais fortes e mais capazes . A sua introdução quebra de forma definitiva o esquema repetitivo da jogabilidade, sendo um complemento interessante e que altera significativamente a mecânica de jogo.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Combate intenso e variado
- Quantidade de conteúdo
- Jogabilidade intuitiva
Pontos negativos
- Banda sonora sem protagonismo
- Problemas de desempenho em momentos de combate intenso
Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.