Bloodstained: Curse of the Moon 2 – Análise
Bloodstained deve o seu protagonismo inicial à sua ligação à série Castlevania, quer pelas semelhanças com o universo da Konami quer pelo envolvimento de Koji Igarashi, mas rapidamente começou a criar o seu espaço e tornou-se reconhecido por mérito próprio. Esta sequela mantém o espírito do original, com um ambiente gótico e temática fantástica. Encontram-se aqui personagens com características diferentes a desbloquear de forma gradual e que permitem uma exploração mais completa. Além do elenco original, há caras novas que fazem aqui a sua estreia. A troca de personagens é feita em tempo real, sendo que cada uma delas conta com a sua própria vitalidade, o que confere uma componente estratégica adicional. A jogabilidade é exemplar, tanto para a exploração como para a vertente ofensiva. Os níveis são globalmente lineares, com alguns percursos alternativos que nem sempre recompensam o risco de forma coerente. Após completar os níveis somos instigados a repeti-los, embora esta seja apresentada como uma aventura e exiba algumas ramificações nos percursos.
Este sistema torna a experiência um tanto ou quanto repetitiva, mas prolonga a longevidade de forma eficaz. Visualmente o jogo exibe um estilo “retro”, claramente inspirado em Castlevania III para NES. Mesmo assim, apresenta “sprites” bastante pormenorizados e variados, quer nos protagonistas quer nos inimigos. O ponto alto são os “bosses” finais, pelo tamanho e pelo nível de pormenor apresentado. Os protagonistas exibem uma coloração individual, o que torna mais fácil identificá-los imediatamente na troca de personagens durante o combate onde o tempo de reação do jogador é fulcral. Por outro lado, esta limitação cromática impede a exploração artística das personagens. Os cenários estão muito bem conseguidos e o recurso às diferenças de deslocação dos objetos consoante a distância dá-lhes ainda mais destaque.
O modo cooperativo apesar de ser claramente pensado para ser uma componente secundária traz muito ao jogo. A divisão das áreas de jogo permite uma deslocação conjunta eficaz e os combates mantêm o seu grau de desafio e de interesse, ainda que mais baixo. Os níveis apresentam uma duração que não é muito elevada e que permite realizar sessões curtas de jogo, para grande benefício desta faceta multijogador. Alem disso, é possível transitar de uma experiência a solo para cooperativa a qualquer momento, à semelhança do que se fazia em jogos “arcade”.
Além de igualar todas as características das versões concorrentes, esta encarnação do jogo na Nintendo Switch explora as capacidades da consola permitindo uma experiência multijogador com os Joy-Con separados da consola, isto claro para não falar do caráter portátil da híbrida da Nintendo.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Jogabilidade apurada
- Modo cooperativo
- Direção artística cativante
Pontos negativos
- Repetitivo a curto prazo
Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.