Neversong – Análise
Neversong é um daqueles jogos que consegue combinar uma bela história com uma jogabilidade viciante, tudo isto sem maçar o jogador com a sua duração. É uma aventura curta que se mantém nas recordações do jogador por razões várias, seja pela estética “à la” Tim Burton, pela banda sonora desconcertante ou pela mensagem que transmite. E porque é divertido de se jogar!
Deixando o título original para trás, Once Upon a Coma, a Atmos Games e a Serenity Forge meteram as mãos na massa para que Neversong superasse o título anterior, Pinstripe, e a prequela, Coma. E é esse o mote: o coma. Após acordar de um, Peet parte em busca da sua namorada num mundo semelhante ao seu mas com a consciência de que algo não está bem. Os adultos ou desapareceram ou tornaram-se ainda mais violentos e as crianças são as únicas que nos podem ajudar nesta aventura que dura apenas seis níveis, mas uns seis níveis repletos de conteúdo, segredos e “bosses” que nos fazem a vida negra. E claro, um mistério nunca vem só. Este jogo também será sobre a autodescoberta, mas não nos vamos alongar demasiado.
Mesmo sendo um jogo de plataformas curto, Neversong respeita o tempo do jogador através de batalhas opcionais mas que são recompensadoras. É possível avançar apenas pelo enredo, mas esta opção vai implicar dificuldades nos “bosses”. E não estamos sozinhos, para além da criançada que nos ajuda também temos a nossa ave de estimação que tanto nos dá pistas valiosas para “puzzles” como comenta a nossa prestação.
Voltando à estética, é digno de registo quando um jogo tenta contar uma história paralela à principal, usando o cenário para o efeito. Não está lá para ocupar espaço e é por isso que os níveis são apenas seis, mas são seis níveis oníricos, desconfortáveis e que transmitem uma falsa sensação de segurança. Afinal, acordámos de um coma… E porque tudo melhora com música, a banda sonora é deliciosa, com bastantes temas em piano que não estão lá para enfeitar e que se embrenham nos “puzzles”. Junte-se a isso as vozes das personagens que dão cor ao mundo e que chegam a ser inquietantes.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Enredo
- Gráficos
- Banda sonora
Pontos negativos
- ...alguém há de encontrar
Tempo contado, demasiadas ocupações. Para aguentar uma crise de tenra idade, o André joga e escreve sobre jogos. É fã de RPG japoneses e de uma história de puxar à lágrima.