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Monster Prom XXL – Análise

Possivelmente o primeiro “dating sim” competitivo do nosso mercado, este Monster Prom: XXL leva o jogador a reviver as alegrias e chatices alusivas a relacionamentos entre adolescentes, num contexto que tem tanto de estranho como de (monstruosamente) divertido. Faltam apenas seis semanas para o baile de finalistas (ou três, caso se pretenda uma sessão de jogo mais rápida), e objetivo de cada adolescente nestas circunstâncias é apenas um: arranjar parceiro/a para aquela festividade solene. Uma vez escolhida a personagem que o jogador irá encarnar, este terá que responder a um pequeno conjunto de perguntas que resulta na sua cara-metade ideal de entre oito potenciais parceiros disponíveis (todos eles também monstros, claro está). Todos têm a sua própria personalidade e algum estereótipo correspondente, sendo necessário efetuar tarefas e assumir posições em diálogos bastante diferentes, consoante o monstro a cativar.

Cada semana até ao baile está dividida em três secções: manhã, tarde e noite. Enquanto nas manhãs e noites escolhe-se um local onde se passa tempo com o nosso alvo, as tardes são obrigatoriamente passadas na cantina do liceu. Em cada secção ocorrem eventos entre o jogador e a personagem escolhida onde todo o nosso charme terá de ser utilizado para evitar o desastre que é um adolescente sozinho num contexto social de natureza festiva. A escrita é apelativa e o tom humorístico é uma constante nas interações, mas a ausência de um fio condutor é clara, nomeadamente na experiência a solo.

Muitos dos eventos, embora lógicos quando analisados individualmente, não encaixam de forma consistente. Além disso, alguns deles não são contextualizados para que possa ser feita uma escolha “informada”, o que leva a momentos frustrantes. Por outro lado, a presença de elementos aleatórios e o fator risco tornam as sessões multijogador muito divertidas. A resposta correta muitas das vezes não é a óbvia, o que pode levar a resultados hilariantes no fim; não há nada mais cómico do que observar o nosso adversário de rastos depois de não conseguir conquistar o seu alvo. O melhor de tudo é que o jogo não só conta com multijogador local como também online, não sendo restrito neste aspeto social comparativamente à maioria dos jogos “indie” da Nintendo Switch.

Existe imenso conteúdo para desbloquear, desde conquistas a novas cenas e interações entre personagens, o que dá ao jogo uma longevidade saudável. Esta edição contém também o DLC The Second Term, que traz ainda mais alvos românticos, novas personagens e uma avultada quantidade de finais, constituindo um conjunto bem mais apetecível que o seu lançamento original no PC. Não é um jogo particularmente profundo, nem tampouco uma experiência recomendada a quem apenas queira jogar a solo, mas sobretudo em pequenas doses e com a companhia certa, Monster Prom: XXL consegue ser uma alternativa criativa e divertida à típica oferta multijogador nos dias de hoje.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
7 10 0 1
Embora seja difícil ignorar a sua estrutura repetitiva a solo, a originalidade e a diversão deste "dating sim" competitivo não devem ser ignorados por todos os jogadores que sempre sonharam competir sobre quem é o elemento mais charmoso do grupo.
Embora seja difícil ignorar a sua estrutura repetitiva a solo, a originalidade e a diversão deste "dating sim" competitivo não devem ser ignorados por todos os jogadores que sempre sonharam competir sobre quem é o elemento mais charmoso do grupo.
7/10
Total Score

Pontos positivos

  • Visualmente atraente
  • Conceito original
  • DLC incluído

Pontos negativos

  • Experiência a solo fraca
  • Jogabilidade rudimentar

Diogo Caeiro

Insiste diariamente na superioridade da série Metroid Prime. Habitualmente ocupado a salvar o mundo de mais um deus irado, pausando ocasionalmente para redigir a sua próxima crónica.