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Mittelborg: City of Mages – Análise

Na tentativa de aproveitar um nicho que ainda não se encontra muito presente na Nintendo Switch, Mittelborg: City of Mages aparece na consola da Nintendo ao lado de jogos como Nelke & the Legendary Alchemists, Cities Skylines ou até Constructor. No entanto, a abordagem do estúdio indie russo Armatur é diferente ao juntar elementos de aventura com estratégia. Será que um preço de venda de €7,99 consegue justificar a presença de Mittelborg no catálogo?

À volta de Mittelborg, uma cidade entre mundos, gira um universo sem fim. Governada por um poderoso chanceler, esta localidade cósmica assegura o equilíbrio de poderes. A tarefa do suposto chanceler é proteger a árvore sagrada, pois se esta morre tudo o resto segue o seu destino. Por ironia, e também por necessidade, o trono encontra-se vazio e a árvore escolheu o jogador como novo chanceler de Mittelborg. Porque não? Assim começa City of Mages, com uma tradução horrível para um inglês sem qualquer nexo. Por outro lado, existem poucos motivos para tentar ler o que está escrito, dado que o texto no ecrã da Nintendo Switch (mais ainda na Switch Lite) é demasiado pequeno, o que provoca uma ou outra dor de cabeça.

É uma pena porque Mittelborg: City of Mages até apresenta algum potencial. Se fosse bem escrito, e tivesse sido traduzido de forma mais competente, a sua junção de ficção científica com magos e poderes cósmicos poderia certamente ser uma receita para o sucesso, tendo em conta que a direção artística aqui usada é bastante apelativa. O que acontece é que o texto está lá, mas não é de todo cativante. Infelizmente a jogabilidade não é suficientemente interessante para um jogador se sentir envolvido na sua cruzada, o que o prejudica ainda mais.

Após algumas caixas de texto e muito ênfase no clichê “és o escolhido, Mittelborg inicia o seu tutorial. Desde já é preciso realçar que os controlos são demasiado sensíveis e existe uma mistura de “inputs” entre o controlo analógico esquerdo e o direito para navegar pela cidade, o que faz pouco ou nenhum sentido. Além disso, não é possível utilizar o ecrã tátil da Switch. Fora essas questões, City of Mages joga-se sob duas circunstâncias distintas: uma delas consiste num período calmo onde podemos melhorar ou construir edifícios novos, bem como produzir poções e feitiços; já na outra há hordas (invisíveis) de inimigos a atacar a cidade, ataques que podem ser menos perigosos se for colocado um mago no edifício a ser atacado.

Ao contrário dos títulos referidos no início do texto e conforme mencionado, City of Mages segue sobretudo a fórmula de um simulador de uma cidade, mas com o princípio de gerir recursos de forma inteligente, não vá a árvore majestosa sucumbir perante um ataque. É simples e fácil de compreender, mas mesmo após o tutorial não existe mais nenhuma novidade. Cada edifício tem um propósito que os magos fortalecem com a sua presença, mas as investidas inimigas nunca variam. Há uma sensação omnipresente que é tudo muito igual, e isso em conjunto com a história mal traduzida e implementada não é apelativo para jogar.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
4 10 0 1
Mittelborg: City of Mages tinha potencial. Faz parte de um género pouco aproveitado no catálogo da Switch e tem uma premissa interessante. No entanto, e para sua infelicidade, a tradução fraca juntamente com a jogabilidade medíocre e um enredo mal executado, sem esquecer que é pouco ou nada jogável no ecrã da consola, fazem deste título algo a evitar. Mais vale pegar nos oito euros e ir a um restaurante de "fast-food".
Mittelborg: City of Mages tinha potencial. Faz parte de um género pouco aproveitado no catálogo da Switch e tem uma premissa interessante. No entanto, e para sua infelicidade, a tradução fraca juntamente com a jogabilidade medíocre e um enredo mal executado, sem esquecer que é pouco ou nada jogável no ecrã da consola, fazem deste título algo a evitar. Mais vale pegar nos oito euros e ir a um restaurante de "fast-food".
4/10
Total Score

Pontos positivos

  • Premissa interessante

Pontos negativos

  • Jogabilidade medíocre
  • Enredo mal-executado
  • Texto muito pequeno no ecrã da Switch

Ulisses Domingues

Analisar um videojogo é como uma experiência gastronómica: pode correr muito bem, muito mal ou não correr de todo. Pelo menos é o que este membro da equipa acredita. No entanto, nunca deixará que a sua fome altere os critérios de análise. Pelo menos não muito.