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Mr. DRILLER DrillLand – Análise

Originalmente exclusivo da defunta GameCube, foi preciso esperar dezoito anos para que um dos melhores jogos da série Mr. Driller chegasse ao Ocidente. Sob forma de um “remaster”, Drill Land constitui a quinta entrada desta série e chega agora à Nintendo Switch com um visual atualizado e um novo conjunto de sequências cinemáticas que tornam a experiência mais divertida que nunca.

O jogo tem uma introdução inicial explosiva sob a forma de uma música de abertura reminiscente de tudo de bom que as séries de animação de outros tempos ofereciam. Todas as sequências cinemáticas aqui presentes têm o mesmo efeito, mesmo que pouco uso tenham como fio condutor para o enredo simplista. Como o nome indica, Drill Land coloca Mr. Driller e os seus amigos escavadores num parque de diversões onde estes conquistam cada uma das atrações em busca da maior pontuação possível. Cada atração oferece formas diferentes de explorar a jogabilidade à base de cavar blocos diferentes à medida que evitamos que alguém nos caia em cima.

A simplicidade aqui não é nenhum defeito: mesmo tratando-se de um jogo acessível, rapidamente surgem elementos que incentivam o jogador a encarar cada nível de forma criativa e a maximizar a eficiência com que vai terminar cada um deles. Os níveis normalmente têm um limite mínimo de distância a cavar para que possa ser dado como concluído, mas o objetivo passa sempre por obter a maior pontuação possível na maior distância percorrida antes que o tanque de oxigénio se esgote. Decidir onde cavar é crucial, seja para destruir a maior sequência de blocos da mesma cor e obter uma boa pontuação, ou para apanhar uma bolsa de ar que permite cavar mais uns segundos, o que pode fazer toda a diferença entre atingir o objetivo do nível.

As cinco atrações em Drill Land apresentam a sua versão única da jogabilidade da série. World Drill Tour apresenta um conjunto de níveis habituais e sem grande variedade; Star Driller acrescenta-lhe novos “power-ups” e efeitos ao terreno de jogo sob o pretexto de uma aventura que tem o espaço como tema; Horror Night House substitui o oxigénio por um indicador de vida e coloca blocos possuídos no campo que a subtraem quando destruídos se o jogador não os purificar primeiro; Drindy Adventure vê o jogador apanhar artefactos dos blocos escavados, evitando armadilhas inspiradas por séries como Indiana Jones; a quinta atração, e a mais interessante, é conhecida como The Hole of Druaga, inspirada no clássico The Tower of Druaga e transforma o jogo num “roguelite” onde se explora um labirinto com itens e inimigos para derrotar, com o malvado Druaga à espera no fim.

Cada uma destas das atrações pode ser jogada em três níveis de dificuldade e é possível saltar entre cada uma delas à vontade de cada um. Caso algum nível se revele muito difícil é sempre possível adquirir mais vidas ou “power-ups” que tornam a aventura mais fácil, mesmo nas maiores profundidades. No entanto, o uso destas ajudas não permite que se coloque a pontuação numa tabela online. Para os mais experientes que passem sem ajudas há uma quantidade avultada de cartas e outros objetos a descobrir, o que é um bom toque dado o número parco de jogos da série que saiu no Ocidente.

Visualmente o jogo continua a ser uma experiência vibrante, e mesmo as novas molduras à volta de cada nível em nada afetam negativamente esta parte. As cores são apelativas, os cenários criativos e todas as personagens têm o seu próprio charme e personalidade, ingredientes igualmente vistos em qualquer série de animação infantil popular. A banda sonora composta por Go Shiina é eletrizante e complementa a estética do jogo de forma impecável. O desempenho é perfeito, tanto no ecrã da Switch como num ecrã de televisão, e é ainda possível utilizar o ecrã tátil da consola na navegação por menus, o que é sempre uma característica bem-vinda.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
8 10 0 1
Perfeito para sessões de jogo curtas ou longas, Mr. Driller Drill Land ganha uma nova vida na Switch num "remaster" que vai deliciar todos os fãs do género, seja pelo encanto, desafio ou variedade da jogabilidade.
Perfeito para sessões de jogo curtas ou longas, Mr. Driller Drill Land ganha uma nova vida na Switch num "remaster" que vai deliciar todos os fãs do género, seja pelo encanto, desafio ou variedade da jogabilidade.
8/10
Total Score

Pontos positivos

  • Estética apelativa
  • Longevidade infinita
  • Formas diferentes de jogar

Pontos negativos

  • Sequências cinemáticas não serão para todos
  • Certos picos de dificuldade desproporcional

Diogo Caeiro

Insiste diariamente na superioridade da série Metroid Prime. Habitualmente ocupado a salvar o mundo de mais um deus irado, pausando ocasionalmente para redigir a sua próxima crónica.