AnálisesSwitch

Giraffe and Annika – Análise

Se o título deste jogo levar a que comecem a ouvir a música Tia Anica na cabeça, não vos censuro. Passei imenso tempo com ela na cabeça e descobri que era de Loulé, e não Olé! As coisas que aprendemos aos trinta e tal anos de idade – e o que tem a ver com a análise? Rigorosamente nada! Vamos a isso: saída dos cofres da NISA, Giraffe and Annika é uma experiência bucólica e descontraída que troca os combates por experiências rítmicas e as ameaças maléficas pela exploração de uma ilha bela e misteriosa enquanto resolvemos os seus muitos “puzzles”. É diferente q.b. do que temos vindo a jogar e apesar de não ser o melhor jogo que já experimentámos, é sempre bom validar os riscos e a ambição de se fazer algo diferente, mesmo que o resultado não seja uma obra monumental.

Neste jogo controlamos Annika, uma jovem sem recordações e que acordou em Spica, uma ilha estranha com muito para explorar. Não demora até conhecermos Giraffe, um rapaz que reconhece Annika e que vai servir de guia nesta aventura. O tropo da amnésia está mais do que batido e não faz muito pelo jogo, valendo apenas pelas criaturas caricatas com quem acabamos por interagir. Spica é uma ilha genérica e sem muita variedade, as partes mais interessantes encontram-se sobretudo nas masmorras. A pouca motivação para explorar passa por desbloquear conquistas e roupas para a personagem.

O jogo acaba por ser algo inconsistente na sua apresentação: as sequências em banda desenhada são belas e fazem muito pelo enredo, mas o ambiente visual em que decorre a maior parte da experiência é mediano, para não dizer pior; as animações encontram-se algo datadas e a monotonia da ilha cansa, mesmo sendo uma obra curta. Para um jogo com uma componente rítmica a banda sonora podia ser bem melhor, mas aqui a opinião é subjetiva.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
6 10 0 1
Este é um jogo que podia ser bem mais curto e concentrado, mas o preenchimento forçado de missões secundárias leva a que a experiência se arraste ainda mais. Há aqui muito potencial desperdiçado e boas intenções, e também uma falha de direção artística. Talvez funcionasse melhor como um "visual novel"? Não é a primeira vez que pego num jogo da NISA com bastante curiosidade para depois acabar triste. Não desiludido, só triste. Há coisas boas aqui, inspirações bem intencionadas, mas precisam de mais tempo e mais atenção. Não obstante, numa promoção até será capaz de ser uma obra divertida.
Este é um jogo que podia ser bem mais curto e concentrado, mas o preenchimento forçado de missões secundárias leva a que a experiência se arraste ainda mais. Há aqui muito potencial desperdiçado e boas intenções, e também uma falha de direção artística. Talvez funcionasse melhor como um "visual novel"? Não é a primeira vez que pego num jogo da NISA com bastante curiosidade para depois acabar triste. Não desiludido, só triste. Há coisas boas aqui, inspirações bem intencionadas, mas precisam de mais tempo e mais atenção. Não obstante, numa promoção até será capaz de ser uma obra divertida.
6/10
Total Score

Pontos positivos

  • Experiência descontraída
  • Ambiente visual

Pontos negativos

  • Repetitivo

André Pereira

Tempo contado, demasiadas ocupações. Para aguentar uma crise de tenra idade, o André joga e escreve sobre jogos. É fã de RPG japoneses e de uma história de puxar à lágrima.