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Georifters – Análise

Pelas mãos da Busy Toaster, Georifters chega ao catálogo da eShop. Trata-se de um jogo de plataformas com elementos de ação e quebra-cabeças, exibindo uma temática colorida e açucarada, (aparentemente) voltada para um público mais jovem mas com um nível de desafio e conteúdo suficientes para responder a qualquer faixa etária. Toda a temática envolve guloseimas e todas as oportunidades de fazer humor com isso são aproveitadas, o que torna uma jogabilidade exigente algo mais leve e descontraído.  Os níveis consistem em quebra-cabeças elaborados onde temos de mobilizar blocos. Embora a fórmula pareça demasiado repetitiva numa fase inicial, não é esta a realidade do jogo.

Cada nível é concebido de uma forma inteligente e não raras vezes, o jogador dá por si a ver uma solução óbvia à frente, mas continua a procurar algo mais desafiante e proporcional ao sentimento de conquista quando a tentativa dá frutos. A variedade do jogo não assenta apenas nas suas inúmeras possibilidades mas também nas suas capacidades de personalização e no desbloqueio de novas personagens com habilidades diferentes, roupas entre outros. Ao mudar de mundo e de personagem parece muitas vezes que estamos a iniciar um jogo completamente diferente. Com tanto conteúdo, manter a variedade é difícil mas Georifters vai longe neste aspeto. A jogabilidade é simples e intuitiva, o que beneficia a sua vertente multijogador. A curva de aprendizagem curta permite integrar os recém-chegados e deixá-los desfrutar das possibilidades de jogo em poucos minutos.

A grande estrela da componente multijogador é a possibilidade cooperativa mas a competição direta é igualmente divertida. O ritmo de jogo por vezes é um pouco lento e esta é uma das maiores críticas em relação à jogabilidade. Existe um sistema de bateria nas personagens que limita os movimentos para dotar o jogo de uma maior componente tática, mas que o torna demasiado frustrante nos momentos com limite de tempo. A nossa pontuação traz recompensas, como é convencional neste género, e podemos ultrapassar os níveis adquirindo a totalidade dos cristais ou apenas o mínimo necessário, recebendo um prémio proporcional ao esforço. Além disso, o seu sistema de conquistas garante uma motivação extra.

A direção artística não acompanha a qualidade global do jogo. O ambiente sonoro, embora adequado, nunca consegue ganhar o devido destaque e a nível visual, encontra-se muito abaixo de ofertas semelhantes no género, embora exiba alguns bons apontamentos nos menus e nas personagens. Além das opções multijogador já referidas, salientar também o modo “Battle Arena”, onde é possível configurar cada elemento da sessão, o que dá a possibilidade de eliminar opções que não sejam cativantes ou demasiado frustrantes.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
7 10 0 1
Georifters é uma boa proposta de plataformas de ação e quebra-cabeças, que embora pareça ser destinado a um público mais jovem, revela conteúdo de qualidade para todas as faixas etárias. A sua jogabilidade simples e quebra-cabeças inteligentes são um argumento mais que suficiente para justificar a aposta, embora o preço inflacionado e uma direção artística menos capaz possam afastar o jogador menos audaz.
Georifters é uma boa proposta de plataformas de ação e quebra-cabeças, que embora pareça ser destinado a um público mais jovem, revela conteúdo de qualidade para todas as faixas etárias. A sua jogabilidade simples e quebra-cabeças inteligentes são um argumento mais que suficiente para justificar a aposta, embora o preço inflacionado e uma direção artística menos capaz possam afastar o jogador menos audaz.
7/10
Total Score

Pontos positivos

  • Quebra-cabeças inteligentes
  • Quantidade enorme de conteúdo
  • Jogabilidade simples e intuitiva

Pontos negativos

  • Direção artística pouco inspirada
  • Ritmo de jogo por vezes lento

Sérgio Mota

Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.