Prinny 1-2: Exploded and Reloaded – Análise
A série Disgaea conseguiu conquistar um público próprio significativo, especialmente graças a algumas personagens icónicas que se tornaram mais conhecidas que a própria série. É o que acontece com os Prinny, protagonistas dos seus jogos Prinny 1-2: Exploded and Reloaded. Tratam-se de pinguins explosivos que são apenas um corpo para almas de humanos que pecaram, sofrendo o destino de se tornarem Prinny até serem absolvidos dos seus pecados numa noite de Lua vermelha.
Em Prinny 1-2: Exploded and Reloaded os pinguins assumem o protagonismo num jogo de plataformas implacável. Cada jogo deste conjunto conta com uma progressão não linear, possibilitando ao jogador escolher quais os níveis a desafiar primeiro. O pinguim em si não é propriamente fácil de controlar: são relativamente lentos, o salto tem um arco fixo e sem possibilidade de ajuste no ar, e cair de plataformas é como se atirássemos um saco de tijolos pela janela, rápido e sem muito espaço de manobra. Mas no meio disto tudo, encontra-se algo que inexplicavelmente nos continua a fazer tentar uma e outra vez. Ambos os jogos também contam com o mesmo tipo de ataques e movimentos, ainda que no segundo jogo haja acesso a alguns movimentos novos, mas que no fim acabam por não nos beneficiar muito.
Os níveis não apresentam qualquer tipo de desenho original ou particularmente diferente de outros jogos de plataformas mais comuns, embora tenham alguns caminhos alternativos interessantes que necessitam de um pouco mais de perícia para poder lá chegar, muitas vezes com pontos bónus para apanhar pelo caminho. O ponto forte destes jogos acaba por ser os combates contra os “bosses” no fim de cada nível. São combates motivantes que põem à prova o conhecimento dos movimentos do pinguim, muitas vezes custando umas quantas dezenas de vidas para os terminar, dependendo da frustração do jogador.
O ponto que mais entristece nestas versões é o esforço mínimo e a atenção dada a uma transição da PSP para a Nintendo Switch. Toda a geometria poligonal do mapa apresenta mais nitidez mas todos os elementos 2D, desde personagens à interface, são exatamente iguais à versão da portátil da Sony e sem quaisquer melhorias visuais ou mesmo sem filtro, uma vez que se apresentam com uma má ampliação, perdendo muita da nitidez que se espera de “pixel art”. É pena, pois Prinny 1-2 tem bastante personalidade nas suas animações e custa ver uma série conhecida pela sua belíssima “pixel art” ser apresentada desta forma numa consola moderna em pleno 2020.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Extremamente desafiante mas satisfatório
- Enredo com muito humor
- Abordagem não linear
Pontos positivos
- Trabalho de conversão muito muito preguiçoso
- Ambos os jogos são demasiado semelhantes
O chicote que mantém a máquina a funcionar. Entusiasta pela indústria e com um gosto variado, mas com um especial amor por JRPG, nunca deixa escapar uma boa promoção e por consequência tem uma coleção maior do que alguma vez poderá ter tempo para a terminar.