Vigil: The Longest Night – Análise
Se o nome do estúdio Glass Heart Games não vos disser nada é porque se estão a estrear neste meio, e nada melhor do que começar com um jogo bem feitinho, Vigil: The Longest Night. Vai buscar inspiração à veterana série Souls e a Salt and Sanctuary, e também se nota a influência lovecraftiana. Embora a comparação com Souls seja cansativa e injusta para cada jogo “duro”, funciona como uma rede quando temos de recomendar este jogo a outros… ou então podemos dizer que se enquadra nas convenções de um “metroidvania”.
Apesar dos criadores citarem constantemente Salt & Sanctuary, a verdade é que este Vigil acabou por ser um jogo menos inspirado, mesmo contando com mais meios. No entanto e para quem procura mais do mesmo, pode esperar horas de diversão e de frustração, monstros horrendos, e um combate de fazer arder os dedos. Mas a maior dificuldade do jogo? Lidar com os tempos de carregamento e problemas técnicos. E há tempos de carregamento para tudo, passa-se mais tempo a olhar para o relógio do que a jogar e não raras vezes, o jogo cai como se tivesse sido obrigado a correr.
Quando as coisas correm bem, descobrimos que temos entre mãos um jogo com potencial para ser interessante, mas que não sobressai. Começamos pela mistura de estilos visuais, que combina um aspeto realista com uma direção artística baseada em xilogravuras japonesas para criar um contraste interessante, resultando em níveis que puxam à exploração, uma miríade de inimigos para desancar e “bosses” para nos darem cabo da paciência. A banda sonora, a cargo de Valjakka (membro dos Whispered) complementa bem o tom tenebroso.
O enredo? Razoável. Controlamos Leila, a vigilante, que volta a casa para celebrar o Shimmerless Day, quando o mundo foi mergulhado numa noite eterna. Ao chegar fica a saber que estão a desaparecer pessoas e como é da praxe, cabe a esta vigilante investigar o caso. Não demoramos mais do que quinze horas a passar tudo, mais tempo se arriscarmos um nível de dificuldade elevado. Mais ainda se formos a uma segunda volta porque o jogo a isso obriga, mas será que motiva a tal? Vai mesmo depender da tolerância aos problemas técnicos mencionados.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Ambiente audiovisual
- Jogabilidade
Pontos negativos
- Tempos de carregamento e problemas técnicos
Tempo contado, demasiadas ocupações. Para aguentar uma crise de tenra idade, o André joga e escreve sobre jogos. É fã de RPG japoneses e de uma história de puxar à lágrima.