The Long Dark – Análise
The Long Dark é a proposta mais recente da Hinterland Studio para a Nintendo Switch, embora já marque presença noutras plataformas há alguns anos. O jogo apresenta um mundo aberto que transmite um panorama de solidão, onde imperam a neve e a frieza da natureza. The Long Dark propõe três modalidades de jogo distintas: Wintermute assume-se como a campanha principal; existe também um modo de sobrevivência, e outro intitulado “Challenge”, onde somos confrontados com uma série de tarefas a cumprir.
A sobrevivência da nossa personagem é garantida pelo cumprimento de alguns critérios, além da (óbvia) vitalidade do protagonista. Parâmetros como sede, fome, cansaço e até a temperatura corporal são essenciais e o verdadeiro desafio do jogo passa pela gestão inteligente destes recursos. A jogabilidade é simples e apresentada de forma bastante faseada, fator obrigatório para que o jogador possa dominar as mecânicas disponíveis dada a variedade de opções. O mundo apresenta uma escala interessante e é ilustrado por uma direção artística simpática, o que contrasta com a frieza e agressividade presentes no jogo. A perda de qualidade visual na conversão para a Switch é percetível mas não prejudica a experiência de forma decisiva, e acaba por se notar menos no ecrã da consola.
A exploração e procura de mantimentos é essencial à nossa sobrevivência e ao desenrolar da história mas o equilíbrio entre risco e benefício não é dos melhores e nem sempre compensa correr alguns perigos. O limite de recursos que podemos transportar confere uma dimensão estratégica à aventura, devendo o jogador definir as suas prioridades desde cedo. Na experiência solitária que um jogo “survival” como este pretende transmitir, a banda sonora assume um papel preponderante e a banda sonora de The Long Dark enquadra-se de forma adequada no espírito que se espera, o que lhe dá uma imersividade rara.
O enredo encontra-se dividido em episódios, o que se enquadra de forma perfeita no formato portátil da Switch. Segue muitos lugares-comuns, e raramente nos consegue surpreender mas The Long Dark deve ser avaliado como um todo e embora não consiga grande destaque nos seus elementos de forma individual, na sua totalidade o jogo consegue envolver-nos a cada minuto.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Variedade de recursos disponíveis
- Enredo envolvente
- Variedade de modos de jogo
Pontos negativos
- Perde de qualidade visual na conversão
- Nível de desafio nem sempre equilibrado
Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.