Traffix – Análise
Traffix é um jogo de quebra-cabeças que explora um conceito curioso: controlar o trânsito através da manipulação de semáforos. Simples mas bastante viciante, com uma introdução de segmentos de estrada cada vez mais complexos e caóticos. O nosso desempenho em cada cidade é avaliado numa pontuação de três estrelas, seguindo as convenções habituais popularizadas nos dispositivos móveis, onde o jogo tem origem.
Com jogabilidade bastante simples, o curto tutorial inicial é mais do que suficiente para aprender o conceito. O tempo de reação do jogador é o grande protagonista, assim como a identificação de padrões e antecipação de obstáculos. Se numa fase inicial tudo parece bastante fácil, o jogo não demora a assumir contornos verdadeiramente caóticos e divertidos. Podemos jogar com recurso a controlos táteis ou convencionais, sendo ambos igualmente eficazes e intuitivos e deixam margem para o jogador optar pelo padrão a que melhor correspondam as suas preferências.
A pontuação máxima de cada nível reflete a nossa eficácia com base no número de acidentes provocados. Atingir a pontuação máxima é extremamente desafiante e prolonga de forma eficaz a longevidade. Para os jogadores à procura de uma experiência mais simples e menos interessados em apanhar as três estrelas, a capacidade de atração do jogo acaba por ser algo fugaz.
A complexidade dos níveis cresce de forma bastante súbita e a olhos vistos. A presença de um número maior de cidades poderia atenuar esta subida abrupta, mas iria estender a longevidade de forma algo artificial, pelo que se compreende a opção da Nerd Monkey. Cada nível apresenta uma variação mais caótica, onde os carros particulares são substituídos por veículos de emergência, que obviamente precisam de uma tomada de decisão mais célere.
A direção artística minimalista contribui para traduzir a sua simplicidade e para manter o jogador concentrado nos aspetos mais importantes. Apesar disso, a direção artística é sóbria e apresenta um equilíbrio de cores bem conseguido, cujo efeito de sombras lhe dá um toque especial. A banda sonora acompanha o estilo empírico da experiência, com combinações de efeitos sonoros que vão de encontro ao tema, sem nunca se intrometerem demasiado na concentração do jogador.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Simplicidade de conceito
- Novo esquema de controlos bem implementado
Pontos negativos
- Longevidade pode ser demasiado curta
Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.