Sam & Max Save the World – Análise
Os anos 90 foram bastante prolíficos em aventuras “point and click”. Os gostos mudaram mas mesmo assim, na década seguinte o risco de produzir uma sequela de um jogo icónico daquele género acabou por compensar. A Telltale Games ainda molhava os pés no que queria fazer, mas aquando da estreia desta entrada em 2006 já tinha uma ideia clara: dar uma vida nova às aventuras “point and click” através de sequelas ou adaptações de outros nomes.
A série Sam & Max saiu-se bastante bem, seis episódios repletos de intriga, gargalhadas e desafios. Agora e com mais anos em cima, pegamos neste “remaster” que vem melhorar quase tudo o que se encontra em Save the World, pelo menos a nível técnico. Apesar de termos uma versão completa, o jogo continua dividido em seis episódios originais, com a diferença de não termos de esperar eternidades para continuar a jogar. Na altura e sendo esta abordagem uma novidade, não levantou muitas vozes mas hoje parece óbvio que se joga melhor de enfiada – até porque os casos não são longos e vamos querer sempre mais. O jogo também não é complicado, é mesmo bastante acessível e os seus “puzzles” não demoram a resolver, recorrendo à estratégia básica com que se aborda os “point and clicks” habituais: pensar fora do quadrado.
A dupla Sam e Max está, como não podia deixar de ser, no centro do jogo – na escrita e na comédia. As picardias entre o duo são deliciosas e as vocalizações são alvo de uma limpeza, estando agora mais nítidas e perceptíveis. O diálogo é, em bom português, tolo, nada subtil na mensagem ou graçola – ainda que neste “remaster” algumas piadas tenham sido alteradas ou atualizadas para corresponder aos gostos e sensibilidades atuais. O ambiente visual também foi melhorado e os soluços técnicos, tão característicos da Telltale Games, foram passados a ferro: temos agora uma versão mais completa e ideal para se jogar no ecrã da Switch. Venham mais!
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Ambiente visual
- Escrita
Pontos negativos
- Mudanças realizadas no humor
Tempo contado, demasiadas ocupações. Para aguentar uma crise de tenra idade, o André joga e escreve sobre jogos. É fã de RPG japoneses e de uma história de puxar à lágrima.