RPG Maker MV – Análise
RPG Maker MV é a versão mais recente a chegar às consolas do popular programa de criação de JRPGs. Embora seja bastante mais simplificada que a sua congénere para PC, RPG Maker MV mantém a mesma estrutura, com a omissão clara de não permitir ao jogador enviar os seus próprios ficheiros para utilização no seu jogo.
Na Switch, RPG Maker MV funciona de uma forma mais semelhante a Mario Maker, encontra-se até uma aplicação gratuita na eShop para poder jogar as criações de outros utilizadores sem ter de comprar o original. Para fãs de jogos criados nesta plataforma é certamente um ponto positivo, e permite usufruir das criações de milhares de jogadores.
Infelizmente o que RPG Maker MV chama de tutorial de introdução deixa muito a desejar, e a navegação pelas funções utilizando os Joy-Con não é a mais intuitiva. RPG Maker MV é claramente uma aplicação feita a pensar num PC, e tentar traduzir essa interface complexa para uma consola é difícil. Não existe muito para guiar um jogador que nunca pegou num programa destes, e também não há forma de voltar ao tutorial para relembrar caso nos tenhamos esquecido de alguma coisa. Incrível ver como um programa deste género não inclui muita acessibilidade no que diz respeito à documentação para ajudar na criação do nosso primeiro jogo, fora a pesquisa na internet por ajuda e documentação de como utilizar o sistema de eventos que o jogo dispõe para “programar” ações. Muitos jogadores vão ficar perdidos.
RPG Maker MV é mais indicado para uma experiência portátil, sobretudo pela facilidade em utilizar os controlos táteis, que permitem pressionar no ecrã para selecionar o que pretendemos sem ter de nos chatearmos com a lentidão de usar um comando para navegar pela interface. Há muito para personalizar aqui, e a navegação acaba por ser bastante entediante apenas com o comando. Desde atributos, curvas de experiência, personalizar os “sprites” das personagens, etc., a base de dados apresenta todo o corpo por trás do produto final, e é aqui que se perde a grande maioria do tempo.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Imensa liberdade de personalização
- Opções de toque no ecrã da Switch
Pontos negativos
- Interface de navegação péssima
- Falta de documentação
- Tutorial muito fraco
O chicote que mantém a máquina a funcionar. Entusiasta pela indústria e com um gosto variado, mas com um especial amor por JRPG, nunca deixa escapar uma boa promoção e por consequência tem uma coleção maior do que alguma vez poderá ter tempo para a terminar.