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ScourgeBringer – Análise

ScourgeBringer é um “roguelite” com temas de ficção científica. A curta animação de abertura leva-nos a especular sobre os acontecimentos que colocaram o protagonista neste lugar desconhecido com outros habitantes peculiares. O ciclo de jogo de ScourgeBringer é bastante simples: iniciamos uma nova jornada num mapa gerado aleatoriamente, cada sala tem um encontro com um grupo de inimigos ou uma eventual personagem amigável que nos vende itens; cada nível tem um “boss” no fim, seguido do avanço para a próxima etapa e da atribuição de pontos para gastarmos em melhorias permanentes. Sendo um “roguelite”, ScourgeBringer tem acesso a melhoramentos ligeiros que nos facilitam um pouco mais a jornada a cada ronda que completamos (ou não), desde que se consiga atingir um certo patamar de pontos. Estes melhoramentos vão desde ataques novos a um número maior de pontos de vida ou valores de ataque mais poderosos, e são realmente uma ajuda bem-vinda: ScourgeBringer tem bastantes partes onde ficamos a pedir por mais alguma ajudinha.

ScourgeBringer apresenta um sistema de combate bastante interessante, uma espécie de combate corpo-a-corpo com mais ênfase em combinações aéreas e em matar de forma eficiente. Para fãs de jogos “hack and slash”, o sistema de combate assemelha-se a um Devil May Cry simplificado em 2D, com bastantes oportunidades para efetuar combinações aéreas e formas de evitar projéteis, como interromper ações dos inimigos em campo. É um sistema bastante fluido, mas que depressa se torna difícil de ler quando se apresentam demasiadas ameaças ao mesmo tempo – em ScourgeBringer a ação desenrola-se sempre dentro do ecrã de cada sala. A apresentação geral é bastante apelativa, com uma direção artística bastante estilizada à base de “pixel art” fácil de distinguir, bem como uma variedade consistente de cenários e inimigos. A banda sonora fenomenal é digna de destaque e intensifica muito mais o caos de cada encontro durante a nossa jornada.

Infelizmente nem tudo são rosas, e ScourgeBringer acaba por ser talvez demasiado caótico. Além do combate corpo-a-corpo, também é possível aceder a armas de longo alcance. Embora estas sejam úteis, os “bosses” trazem também elementos de “shoot’em-ups” do estilo “bullet hell”, o que torna a experiência mais frustrante do que interessante. É uma componente que talvez torne o jogo por vezes um pouco injusto, pois embora tenhamos bastante liberdade de movimento, o desenho de algumas salas não ajuda a enfrentar o dilúvio de balas a caminho do jogador. Além disso, ScourgeBringer não traz muito mais de novo comparado com os seus (muitos) pares, não apresentando nada fora do normal para um “roguelite”.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
8 10 0 1
ScourgeBringer não é de todo um jogo mau mas infelizmente, as suas ideias acabam por ser mais do mesmo dentro dos roguelites existentes. Salva-se talvez pela fantástica banda sonora e apresentação mas, fora o combate, é algo já bastante explorado noutros jogos que já o executaram melhor.
ScourgeBringer não é de todo um jogo mau mas infelizmente, as suas ideias acabam por ser mais do mesmo dentro dos roguelites existentes. Salva-se talvez pela fantástica banda sonora e apresentação mas, fora o combate, é algo já bastante explorado noutros jogos que já o executaram melhor.
8/10
Total Score

Pontos positivos

  • Banda sonora fantástica
  • Direção artística apelativa
  • Combate fluido e dinâmico

Pontos negativos

  • Dificuldade por vezes inconsistente
  • Não apresenta nada de novo

André Reis

O chicote que mantém a máquina a funcionar. Entusiasta pela indústria e com um gosto variado, mas com um especial amor por JRPG, nunca deixa escapar uma boa promoção e por consequência tem uma coleção maior do que alguma vez poderá ter tempo para a terminar.