Tanuki Justice – Análise
Tanuki Justice chega à Nintendo Switch apresentando uma proposta de ação em plataformas com uma direção artística reminiscente dos tempos da NES. O conceito é o convencional dos jogos de plataformas: percorrer níveis e eliminar inimigos até chegar ao “boss” final. Sendo um jogo com personagens ninja, o combate assenta no arremesso de “shuriken” para eliminar inimigos, muito ao estilo de jogos de ação da era 8-bit. A jogabilidade é-nos apresentada através de um tutorial bastante completo mas dispensável, e que segue os padrões habituais de outras propostas semelhantes.
Encontram-se três níveis de dificuldade opcionais, mas mesmo no nível mais baixo o patamar é elevado. A dificuldade é desafiante desde o primeiro minuto e equilibrada ao longo do jogo. Encontram-se melhorias para o nosso armamento que dão um maior alcance às armas, o que permite mais tempo ao jogador para responder a projéteis inimigos, fazendo toda a diferença nos momentos de combate mais intensos. A dificuldade elevada não se prende apenas ao combate mas também se encontra na vertente de plataformas. O combate é bastante simples mas os momentos de ação intensa são muitos, e a nossa capacidade de coordenação é levada muitas vezes ao limite. Para complicar ainda mais as nossas contas, as batalhas contra “bosses” finais têm tempo limite, pelo que uma estratégia mais defensiva dificilmente dará os seus frutos, obrigando o jogador a arriscar mais e a expor-se mais ao mesmo tempo. Embora desafiantes, estas batalhas são memoráveis e recompensadoras, motivando por si só a repetição dos níveis. Estes estão bem desenhados e a sua exploração é bastante divertida mas conciliar esta vertente com o combate é um desafio constante que pode frustrar os menos experientes, sem deixar de ser extremamente recompensador a quem valorize o desafio.
Visualmente o jogo apresenta “sprites” bem desenhados e integrados, dignos de qualquer clássico da época dos 8-bit. A banda sonora não é memorável mas acompanha a ação de forma eficiente, o que é de elogiar dada a falta de variedade neste campo. A componente multijogador cooperativo torna a experiência muito interessante, transformando o jogo por completo ao aumentar a nossa capacidade ofensiva. A versatilidade da consola beneficia e experiência de jogo, que pode assumir sessões extremamente curtas mediante o perfil do jogador.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Bom ambiente visual
- Variedade de elementos
- Extremamente exigente mas divertido
Pontos negativos
- Sem elementos de destaque
- Banda sonora escassa
Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.