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Monster Sanctuary – Análise

Numa improvável combinação de géneros, Monster Sanctuary é o fruto da colisão do típico desenho de níveis observado num “Metroidvania” com mecânicas de apanha e combate de criaturas popularizado por séries como Pokémon. Mesmo com os seus contratempos, é uma combinação que funciona melhor do que seria de esperar.

Depois dos sistemas básicos do jogo nos serem rapidamente apresentados, é-nos dada a escolha entre quatro criaturas diferentes, cada uma com parâmetros e caminhos de progressão distintos. A mesma criatura pode ter funções em combate que variam dependendo das habilidades que escolhemos desenvolver, e visto que não é possível preencher todas os ramos de cada uma delas (quatro no total), o nosso sucesso dependente sobretudo das escolhas feitas fora de combate.

Em cada uma das treze áreas do jogo, as criaturas selvagens e outros treinadores tudo farão para levar a melhor sobre o protagonista. Após uma transição quase imediata, desenrolam-se confrontos por turnos num formato três-contra-três, com uma particularidade: o sistema de combos. Cada ação escolhida aumenta em determinada percentagem o nível do combo, materializando-se num multiplicador de dano ao executar um ataque que atinja diretamente os adversários. Atacar no momento certo para tirar partido deste bónus é uma mecânica fulcral, pois a eficiência em combate influencia as recompensas, nomeadamente no que diz respeito a novas criaturas.

Cada batalha é classificada com base em critérios como a quantidade de turnos ou os danos adicionais além do necessário, no fim são obtidos ovos relativos às criaturas derrotadas com base nessa mesma classificação. Os ovos variam em raridade e quanto maior a pontuação, maior a probabilidade de adquirirmos os ovos mais raros. É um sistema que obriga o jogador a aprofundar as suas estratégias e decisões, e para os interessados em otimizar constantemente a sua prestação, existem imensos pormenores e números a ter em conta em busca das combinações que levam aos melhores resultados possíveis durante a aventura.

A exploração é algo banal, com secções de plataformas genéricas e visuais reminiscentes da era 16-bit, algo sem uma identidade própria. Encontram-se também situações em que é necessário utilizar alguma habilidade de uma das nossas criaturas para progredir, e que oscilam entre o divertido e o desinspirado, com um nível de interação do jogador que chega a ser nulo. A estrutura dos níveis precisa de um maior grau de complexidade para que esta mecânica possa ser mais bem desenvolvida e representar uma maior fatia da experiência.

Recheado de conteúdo, há muito tempo a passar em Monster Sanctuary, seja a apanhar todos as criaturas possíveis, a completar os mapas de cada área ou a compor a equipa mais eficiente possível. Todas as suas partes são infelizmente melhores conceptualmente do que na sua execução, mas o facto de terem sido todas combinadas num único pacote de forma quase homogénea é um feito por si só.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
7 10 0 1
Fãs de jogos "Metroidvania" e de apanhas de monstros vão encontrar em Monster Sanctuary uma experiência que combina alguns dos melhores aspetos de ambos os géneros numa só aventura. É um grande investimento de tempo que vale a pena para adeptos dos seus contemporâneos.
Fãs de jogos "Metroidvania" e de apanhas de monstros vão encontrar em Monster Sanctuary uma experiência que combina alguns dos melhores aspetos de ambos os géneros numa só aventura. É um grande investimento de tempo que vale a pena para adeptos dos seus contemporâneos.
7/10
Total Score

Pontos positivos

  • Imenso conteúdo
  • Combinação bem-sucedida de géneros
  • Progressão complexa e divertida

Pontos negativos

  • Batalhas eventualmente demasiado longas
  • Exploração simplista

Diogo Caeiro

Insiste diariamente na superioridade da série Metroid Prime. Habitualmente ocupado a salvar o mundo de mais um deus irado, pausando ocasionalmente para redigir a sua próxima crónica.