Haven – Análise
Dos produtores do excelente Furi chega agora Haven à Nintendo Switch, um RPG algo diferente do habitual, focado na relação entre os protagonistas Kay e Yu que se encontram presos num planeta fragmentado e foragidos de um governo opressivo. Haven revela a sua premissa logo de partida: Kay e Yu, dois apaixonados, fugiram de um local conhecido como Aviary e refugiaram-se num planeta chamado Source. Mas as dúvidas são muitas: até quando poderão ficar neste planeta? O que vão fazer se forem encontrados? Kay e Yu ponderam estas e outras questões relativamente a Source enquanto procuram formas de reparar a sua nave espacial para fugir a qualquer momento.
O casal é o ponto central de Haven, é pelos seus olhos que vemos o mundo de Source e o seu impacto nas personagens. Yu é a mecânica e piloto da nave, com uma personalidade mais impulsiva. Kay, o cozinheiro de serviço e biólogo, é o mais descontraído e ponderado. Complementam-se bastante bem e o diálogo entre eles é bastante natural e convincente, vendendo a ideia de que se trata de um casal que se conhece bem. É bastante interessante ver a forma como interagem quando deparamos com o desconhecido e as nossas escolhas de diálogo também influenciam a sua relação de certa forma.
Já menos interessantes são a exploração e o combate de Haven. Embora perfeitamente jogáveis, aquelas não são as componentes mais apelativas. A exploração é feita maioritariamente através dos “Gliders”, botas especiais que permitem travessias longas. Estas botas são o método principal de movimento em Haven, mas nem sempre são as mais fáceis de controlar, especialmente na sensibilidade para dar meia-volta, pois parece que o jogo lê movimentos diagonais para trás como indicação para dar meia-volta, quando por vezes só queremos virar ligeiramente para outra direção. Durante este período de exploração temos de limpar a corrupção que se encontra em cada uma das ilhas para ganhar materiais e assim reparar a nossa nave, bem como purificar a corrupção da fauna local, que se torna agressiva e ataca o casal.
O combate é relativamente simples e baseado num sistema por turnos em tempo real, onde cada inimigo atua dentro de intervalos de tempo e o jogador pode selecionar uma de quatro ações diferentes para cada uma das personagens, com alguns bónus quando são feitos ataques sincronizados. É um sistema fácil de entender e de executar e serve para pacificar os inimigos que se encontram corrompidos.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Diálogo muito bem executado
- Direção artística
Pontos negativos
- Exploração muito semelhante
- Combate simplista e repetitivo
O chicote que mantém a máquina a funcionar. Entusiasta pela indústria e com um gosto variado, mas com um especial amor por JRPG, nunca deixa escapar uma boa promoção e por consequência tem uma coleção maior do que alguma vez poderá ter tempo para a terminar.