Nas asas de uma majestosa ave em The Falconeer: Warrior Edition
Com lançamento previsto para agosto deste ano na Nintendo Switch, The Falconeer: Warrior Edition é uma versão mais completa do jogo de combate aéreo que foi um dos títulos de lançamento da consola Xbox Series X. Além de todo o conteúdo original, esta Warrior Edition também nos dá acesso à nova expansão intitulada Edge of the World. Encontramos aqui um cenário com uma miscelânia extremamente invulgar mas interessante, um mundo apelidado de Great Ursee onde um oceano vasto, não muito diferente do de Wind Waker, é habitado por piratas e onde a jogabilidade é baseada em combates aéreos a partir de aves gigantescas. Embora a versão do jogo que recebemos para esta antevisão ainda tenha alguns meses para poder limar arestas, chega-nos às mãos num formato bastante competente e muito próximo do que vimos em plataformas anteriores, com as devidas ressalvas. Se a capacidade técnica da Nintendo Switch se encontra bastante longe do que se encontra na nova geração de consolas, a Wired Productions soube rentabilizar esta plataforma ao máximo.
A direção artística, que segue um estilo “cel shading”, é exibida com um padrão de qualidade elevado, mesmo quando jogado no ecrã da Switch onde se verifica uma descida na resolução. A experiência portátil é particularmente interessante, dada a divisão do jogo em pequenas missões que permitem jogar The Falconeer fora de casa durante momentos mais curtos. Embora grande parte do mapa se resuma a um oceano vasto e ao firmamento celestial, o nível de pormenor é impressionante, desde a ondulação aos efeitos atmosféricos, tudo contribui para uma experiência visual avassaladora e difícil de interiorizar que tenha sido concebida por uma só pessoa. Além do enredo principal podemos explorar o mapa de forma livre e participar em missões secundárias. O nosso pássaro de combate tem um aspeto bastante poderoso desde o início mas é possível implementar melhorias nas suas capacidades ao longo do tempo. As missões são bastante repetitivas embora também se encontre uma certa variedade que inclui missões ofensivas, defensivas ou de resgate. São sobretudo pretextos para se seguir o indicador presente no mapa e encadear sessões de combate.
O protagonista acaba por ser o combate aéreo. Este apresenta uma curva de aprendizagem que vai muito além dos tutoriais iniciais ou das informações recolhidas nas primeiras missões de jogo. Sob um manto de simplicidade esconde-se um sistema de combate completo, onde o tempo de reação e antecipação da trajetória inimiga têm um papel demasiado preponderante. A jogabilidade é acessível para se iniciar na aventura, mas a atingir um nível de mestria leva bastante tempo. O uso do HD Rumble encontra-se bem equilibrado, o que é de elogiar num jogo onde as explosões são constantes e facilmente poderiam ser exageradas. Falando em exageros, é o termo que melhor encaixa com o trabalho de narração que se esforça demasiado para contar a sua história.
Embora se trate de um jogo de lançamento de uma consola tecnicamente muito superior à que agora o recebe, trata-se de um trabalho de conversão bastante competente que explora de forma eficiente o que a Nintendo Switch tem para nos oferecer. Com uma direção artística deslumbrante e um sistema de combate exigente, as expectativas são elevadas para um jogo cujo encadeamento de missões curtas encaixa de forma perfeita no formato portátil desta nova plataforma.
Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.