R-Type Final 2 – Análise
R-Type é um nome incontornável e tem bastantes jogos de qualidade reconhecida ao longo de várias gerações de consolas. Após um interregno de duas décadas vemos a série regressar graças à audácia do estúdio independente Granzella e a uma campanha bem sucedida numa plataforma de “crowd funding”. R-Type Final 2 é assim a sequela do último jogo lançado em 2003 para a PlayStation 2. A fórmula segue o habitual dos “shoot’em ups” em 2D: o jogador controla uma nave e tem de sobreviver, eliminando todas as ameaças enquanto se evitam disparos inimigos. A curva de aprendizagem foi bem implementada: os primeiros níveis são muito acessíveis e inóspitos, principalmente escolhendo uma dificuldade mais recomendável aos iniciados. O jogo é exigente mesmo em dificuldades mais acessíveis, e o desafio torna-se mesmo bastante difícil nos níveis finais, algo que vai agradar aos seguidores de longa data. O nível de dificuldade acaba por ter pouco impacto nos níveis do jogo, sendo que o mais visível é mesmo a quantidade de inimigos presentes em cada fase.
A jogabilidade traduz de forma perfeita o legado da série, combinando as diferentes naves, armamento e variações de velocidade do nosso veículo, tornando a experiência muito mais profunda do que se poderia imaginar à primeira vista. Notam-se alguns problemas técnicos com quedas de fluidez nas sequências de ação mais intensas e dadas as características do jogo estes momentos podem, infelizmente, prejudicar bastante a experiência. Os níveis são curtos e pouco dinâmicos, mas com um desenho competente e apelativo, dado o carácter repetitivo dos “shoot’em ups” onde é comum memorizar padrões e afinar estratégias. Algo que reforça esta ideia é a falta de pontos de salvaguarda, o que obriga o jogador a recomeçar o jogo sempre que regressa.
Visualmente o jogo tira partido do Unreal Engine para se aproximar de padrões mais contemporâneos e faz um bom trabalho neste campo. Trata-se de um aspeto bastante bom, independentemente de ser jogado no ecrã da Nintendo Switch ou num ecrã de televisão. A banda sonora acompanha em pleno toda a ação e consegue uma variedade rara e que evita a saturação de quem a ouve. Se a longevidade é curta acaba por ser complementada pelos diferentes modos de jogo, muito DLC disponível, e a promessa de que há conteúdo novo a caminho. Terminado o jogo podemos alterar o logotipo no menu da Nintendo Switch, uma recompensa que apesar de simples é bastante rara e merece destaque.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Desafio intenso mas equilibrado
- Variedade de veículos e armamento
- Fiel às suas origens
Pontos negativos
- Alguns problemas técnicos atrapalham a jogabilidade
- Datado em opções de jogo
Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.