Save me Mr Tako: Definitive Edition – Análise
Save me Mr Tako é um jogo de plataformas que se inspira e presta homenagem ao Game Boy. Tudo desde a direção artística à palete de cores (que faz lembrar o Super Game Boy) está cheio de momentos que nos remetem para os clássicos da época e tudo faz lembrar a portátil da Nintendo. Lançado originalmente em 2018, as suas ideias não conseguiram vingar face a problemas técnicos que afetavam a experiência de forma bastante negativo. Três anos volvidos e com as arestas todas limadas, o jogo chega à Nintendo Switch na sua forma definitiva.
Controlamos um polvo rebelde numa guerra entre moluscos e humanos cheia de momentos altos e com um enredo surpreendentemente bem explorado que apresenta uma profundidade rara entre os seus pares. A quantidade de géneros e influências presentes é imensa, mas consegue sempre apresentar uma mistura coerente e nostálgica. A exploração de níveis é variada – alguns são mais curtos e lineares, outros seguem padrões semelhantes a um “Metroidvania”, o que torna a sua exploração mais incisiva. Os objetos colecionáveis assumem a forma de chapéus e se alguns são meramente estéticos, a maioria representa uma peça fundamental na jogabilidade que traz novas habilidades à nossa personagem.
A jogabilidade é bastante intuitiva mas exigente, juntando as capacidades ofensivas de Tako com elementos de jogos de plataformas, fazendo uso frequente dos inimigos como meio de avançar. A mecânica de salto é a grande protagonista e um elemento diferenciador face a propostas semelhantes e foi implementada de forma eficaz. Esta versão definitiva traz um certo equilíbrio ao grau de dificuldade mas mesmo no nível mais baixo o desafio é interessante e exigente. O jogo é invulgarmente longo e extenso comparativamente aos clássicos em que se inspira, e a semelhança entre as personagens e a quantidade de histórias secundárias torna por vezes difícil manter o fio condutor. Os locais são variados e garantem o interesse para uma experiência longa. O mesmo se pode dizer das missões secundárias, que nos permitem sair da aventura principal em busca de novos chapéus. A música que acompanha a aventura aproxima-se muitas vezes do plágio de jogos muito conhecidos para Game Boy, mas a qualidade é digna de registo.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Direção artística inspirada no Game Boy
- Banda sonora de destaque
- Nível de dificuldade versátil
Pontos negativos
- Enredo progride de forma demasiado lenta e dispersa
- Por vezes repetitivo
Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.