Maneater – Análise
Maneater é um RPG de mundo aberto onde encarnamos nada menos que um tubarão em busca de vingança. Apesar da temática sangrenta e violenta, trata-se de uma aventura divertida e repleta de momentos de humor. Iniciamos o jogo com um curto tutorial encapotado que não só nos apresenta as mecânicas de jogo como dá o mote ao enredo: uma cria de tubarão fugiu de um cruel pescador, de nome Scaly Pete, após este ter pescado a sua mãe. Vamos assim explorar um oceano vasto cheio de missões e onde o objetivo é não só sobreviver mas tornarmo-nos mais fortes para vingar a nossa progenitora.
O jogo segue as convenções habituais de um RPG mas com a particularidade da maior parte da ação se desenrolar num meio aquático. O mapa é segmentado e bastante variado: encontramos praias, pântanos, rios, etc., o que mantém a aventura interessante ao longo do tempo. Os mapas estão cheios de vida aquática e de colecionáveis para apanhar. As missões são geralmente curtas, o que permite sessões de jogo breves que encaixam bastante bem num formato portátil. A conversão para a Switch compreende muitas cedências visuais mas Maneater mantém um aspeto muito competente e pormenorizado, quer ao nível das sequências cinemáticas quer a nível dos elementos que compõem o mapa.
O sistema de combate do nosso tubarão assenta em mecânicas simples de embate direto ou de golpes com a cauda, acompanhadas de uma mira automática. O nível de desafio é relativamente baixo e a satisfação do combate é efémera, fruto da sensação de repetição. A variedade das missões permite atenuar este aspeto de forma eficaz, mas terminamos o jogo a repetir os mesmos conceitos inúmeras vezes. A tradução para português (do outro lado do Atlântico) é uma mais valia que torna o jogo mais acessível ao nosso público.
O jogo apresenta-se na Switch sob a forma de uma conversão bastante competente mas com quebras de fluidez momentâneas em algumas sequências de ação mais intensa. Dada a frequência destes momentos o impacto das limitações pode ser constrangedor, mas não prejudica a experiência de forma irremediável. Note-se que as limitações são transversais ao ecrã da Switch e a um ecrã de televisão.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Mundo aberto vasto, variado e cheio de pontos de interesse
- Variedade de missões
- Enredo bem explorado e com bastante humor
Pontos negativos
- Quebras de fluidez frequentes
- Repetitivo a médio-prazo
Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.