Rustler – Análise
Há jogos cujas musas inspiradoras são demasiado óbvias. Rustler não só não as tenta camuflar como usa um humor mordaz para as colocar em evidência sob a forma de um grande cartaz dizendo “Grand Theft Horse” no início do jogo, uma paródia clara aos clássicos da Rockstar Games. Encontramos assim um jogo muito semelhante à série GTA, mas com uma temática medieval e uma estrutura muito próxima de Grand Theft Auto: Chinatown Wars. O enredo está carregado de humor, que é o que lhe dá mais dinamismo, o jogo nunca se leva demasiado a sério e estica ao limite a ideia de paródia, transpondo para a época errada elementos anacrónicos como perseguições policiais, bandos criminosos, ou oficinas de reparação.
Trata-se de um jogo bastante linear com missões simples e diretas e claro, bastantes missões secundárias mas pouco exigentes. A nossa personagem desenvolve-se com o crescimento de parâmetros como vitalidade e resistência. A condução é bastante intuitiva, o que é digno de destaque visto que é uma mecânica basilar na estrutura do jogo. Outra não menos importante é o sistema de combate, que mesmo sem profundidade real consegue ser bastante exigente e obriga o jogador a gerir o seu indicador de fadiga sob pena de ficar demasiado cansado para combater. A exploração do mundo aberto é o que se espera de um jogo com esta ambição: um mapa não muito extenso mas repleto de elementos para descobrir e com muito potencial para interagir. A estrutura do jogo encaixa bastante bem no formato portátil da Nintendo Switch, e funciona muito bem em sessões de jogo mais curtas ou mais longas, consoante a vontade do jogador.
Apesar das boas mecânicas de jogabilidade, esta encarnação de Rustler na Switch precisa de algumas melhorias para otimizar a experiência. Além de bastantes falhas estruturais que impedem a locomoção de personagens, que acabam por ficar presas em alguns pontos do cenário, a quebra de fluidez em momentos mais caóticos e mais exigentes para o jogador é demasiado visível, o que torna a experiência demasiado frustrante. Já a nível da realização visual e direção artística, estamos perante uma obra muito bem conseguida, cheia de pormenor e muito bem complementada pela componente sonora.
Conclusão
ConclusãoPontos positivos
- Sátira bem feita a uma série de sucesso
- Visualmente muito interessante
Pontos negativos
- Bastantes problemas técnicos
- Falta alguma ambição
Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.