Smelter – Análise
Smelter é uma boa surpresa para quem não esperava voltar a encontrar esta mescla de géneros. Inspirado em ActRaiser e Mega Man X, juntando um pouco de humor e transformações muito influencidas pela série de animação Kill la Kill, Smelter apresenta-se como um jogo de plataformas 2D que inclui um elemento de Real Time Strategy. A protagonista Eva, após Adão morder a maçã, é expulsa do Paraíso para as trevas até chegar às Rumbly Lands onde conhece Smelter, um ser poderoso que se funde com Eva e torna-se na sua proteção. Juntamente com Eva, Smelter terá de restaurar a glória do seu reino com a ajuda dos seus soldados Zirm, tudo isto com um toque de humor e muito combate seguindo as convenções de um jogo de estratégia em tempo real e com mecânicas de um jogo de ação em plataformas e combate 2D.

A nosso dispor temos muitas mecânicas fáceis de reconhecer durante os segmentos de plataformas, como a habilidade de saltar nas paredes, o “sprint” à Mega Man X, mostrando assim que as influências acrescentam algo positivo aos movimentos de Eva. É também possível agarrar e controlar certos objetos com a garra de Smelter, bem como desbloquear outras mecânicas à medida que o jogo avança. O combate e a travessia são bastante fluidos e bem implementados, cada nível traz desafios novos e segredos distintos para desvendar, incluindo salas secretas com desafios adicionais a que posteriormente temos acesso permanente. É no mapa do jogo que a vertente de estratégia em tempo real se desenrola. Podemos erguer edifícios novos e recrutar mais soldados para defender o nosso território, bem como reparar edifícios e aceder a zonas novas. O mapa serve assim de mapa-mundo e de arena de combate, sem pausas para fazer considerações. Encontram-se alguns momentos mais calmos onde nos é explicado o conceito, mas fora isso as invasões são constantes e temos de nos manter atentos a um ataque que pode vir a qualquer momento.
Visualmente Smelter poderia encaixar perfeitamente na era 16-bit, saído dos anos finais da SNES. A apresentação mantém-se fiel aos padrões da época, sem acrescentar efeitos mais recentes. A realização gráfica é consistente ao longo de toda a experiência, quer durante os segmentos de plataformas, quer durante os segmentos de estratégia.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Mecânicas bem implementadas
- Muitos extras para explorar
Pontos negativos
- Início prolongado
- Banda sonora mediana

O chicote que mantém a máquina a funcionar. Entusiasta pela indústria e com um gosto variado, mas com um especial amor por JRPG, nunca deixa escapar uma boa promoção e por consequência tem uma coleção maior do que alguma vez poderá ter tempo para a terminar.