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Project Zero: Maiden of Black Water – Análise

Um dos últimos grandes exclusivos da Wii U encontra-se finalmente na Nintendo Switch pela mão da Koei Tecmo. Project Zero: Maiden of Black Water chega num “remaster” com conteúdos adicionais e DLC para celebrar o vigésimo aniversário da série. Maiden of Black Water abre com uma secção claustrofóbica e sem defesas que acaba por nos preparar muito bem para o que se segue. O enredo acompanha o percurso de três protagonistas distintos cujas histórias acabam por se ligar ao longo do jogo. Abrimos o capítulo inicial com Yuri, uma jovem com a habilidade de recuperar objetos do mundo das sombras graças à sua descendência da família Hikami e à Camera Obscura, máquina fotográfica que reage a fantasmas e permite exorcizá-los. Mais tarde vamos encarnar Ren, um autor que vai até à montanha Hikami pesquisar material para o seu livro, bem como Miu, filha da protagonista do primeiro jogo da série.

As personagens controlam-se como se espera de um “survival horror”, com a lentidão nas ações do costume e a possibilidade de andar um pouco mais depressa com o botão ZL. Felizmente apontar a câmara é relativamente simples, e é possível usar controlos por movimento para apontar ou alterar a orientação da câmara de forma a melhor enquadrar o alvo na foto. Em geral os controlos não são muito diferentes do jogo original. Infelizmente há muitas ações que funcionariam bem melhor se atribuídas a um botão diferente, Maiden of Black Water só teria a ganhar com um esquema de controlos mais generalizado.

Os grandes momentos de tensão do jogo encontram-se sobretudo quando temos de exorcizar fantasmas com a câmara, além de um ou outro susto ocasional. É também uma tarefa difícil, ainda que seja possível ao jogador mover-se enquanto usa a câmara, mas o stress do momento contribui para a tensão do jogador. Cada foto tirada a um alvo concede-nos pontos, no fim de cada capítulo é atribuída uma pontuação final com base nas fotos tiradas. A exploração encontra-se muito bem implementada, guiando o jogador sem problemas para os locais de interesse e criando uma sensação claustrofóbica e de tensão elevada nos momentos mais intensos. Tudo isto contribui para fazer de Maiden of Black Water um jogo bastante satisfatório de explorar.

Embora se trate de um “remaster” com algumas melhorias gráficas, Maiden of Black Water não apresenta um desempenho melhorado na Nintendo Switch. O jogo porta-se relativamente bem num ecrã de televisão, com alguns problemas ocasionais de fluidez em locais mais ocupados, enquanto no ecrã da Switch esse problema é menos frequente devido à resolução mais baixa.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
7 10 0 1
Project Zero: Maiden of Black Water é um "survival horror" bastante bom, e uma boa sequela que demonstra muito bem que a série ainda consegue criar bons momentos de terror para quem os procura.
Project Zero: Maiden of Black Water é um "survival horror" bastante bom, e uma boa sequela que demonstra muito bem que a série ainda consegue criar bons momentos de terror para quem os procura.
7/10
Total Score

Pontos positivos

  • Bons sustos
  • Bom desenho dos níveis

Pontos negativos

  • Controlos mal planeados
  • Alguns problemas de desempenho

André Reis

O chicote que mantém a máquina a funcionar. Entusiasta pela indústria e com um gosto variado, mas com um especial amor por JRPG, nunca deixa escapar uma boa promoção e por consequência tem uma coleção maior do que alguma vez poderá ter tempo para a terminar.