Blue Reflection: Second Light – Análise
Blue Reflection: Second Light é o segundo jogo da série Blue Reflection e foi lançado inicialmente para a PlayStation 4 e Steam. O jogo coloca-nos num ambiente de escola secundária onde controlamos um grupo de jovens com poderes mágicos, inspirado em séries de animação como Puella Magi Madoka Magica e Cardcaptor Sakura. Conhecidas como Reflectors, os poderes de cada rapariga são baseados nas suas personalidades e sentimentos, nascidos de uma necessidade de ultrapassar traumas e obstáculos. Em Second Light, Ao Hoshizaki é a protagonista encarnada pelo jogador.
Num belo dia de verão em que Ao é chamada para aulas extraordinárias, a protagonista vê-se inesperadamente transportada para uma escola desconhecida e numa realidade estranha, onde encontra outras personagens na mesma situação. Sem memória de como lá foram parar, juntamente com a sua curiosidade e vontade de recuperar as suas recordações, Ao e as suas novas amigas vão explorar espaços que nascem das memórias fragmentadas de cada uma para recuperar o que perderam, bem como descobrir um caminho de regresso à realidade.
Blue Reflection utiliza muitos dos sistemas explorados na série Atelier (oriunda do mesmo estúdio de produção), e as semelhanças são bastante óbvias. Desde o estilo visual à exploração e combate, e felizmente são comparações que sobressaem pela positiva, uma vez que Second Light bebe muito do que fez os jogos mais recentes da série Atelier, nomeadamente Lulua e Ryza, e recupera as suas características onde necessário. Novidade em Blue Reflection são as secções furtivas, onde temos de evitar ser detectados por inimigos mais poderosos mas fora isso, a grande maioria de ações que podemos realizar como apanhar materiais e interagir com certos objetos encontra-se igual aos jogos da série Atelier. O avanço no jogo é feito por zonas segmentadas, distintas entre si por ambientes diferentes baseados nas recordações de cada personagem e com objetivos diferentes, mas com a tarefa comum de encontrar fragmentos de recordações que completem o “puzzle”.
O combate é também bastante semelhante ao de Atelier Ryza. Um combate por turnos que nos permite interromper o adversário e com um grau crescente de poder que transforma as nossas personagens nas suas versões Reflector, abrindo assim um leque maior de habilidades ao nosso dispor. O sistema é simples mas dependendo do nosso alinhamento, pode ganhar contornos mais complexos. Personagens diferentes têm habilidades que criam melhores sinergias com outras e acabam por tornar o combate mais fácil ou mais desafiante, conforme os encontros.
Fora dos locais onde a maior parte da ação se desenrola temos a escola, uma área central que permite socializar com as raparigas do grupo e permite-nos realizar tarefas adicionais. É aqui que podemos decidir com o nosso grupo sobre explorar alguma área, bem como cozinhar e descobrir tarefas opcionais relacionadas com cada personagem para melhorar a nossa amizade. Este sistema de socialização é importante para o crescimento de cada personagem, pois é aqui que desbloqueamos bastantes habilidades ativas para o combate, bem como habilidades passivas ou de apoio na escola que são muito úteis.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Combate cativante
- Banda sonora fantástica
- Elenco de personagens
Pontos negativos
- Tarefas secundárias demasiado repetitivas
- Modo furtivo um pouco desleixado
O chicote que mantém a máquina a funcionar. Entusiasta pela indústria e com um gosto variado, mas com um especial amor por JRPG, nunca deixa escapar uma boa promoção e por consequência tem uma coleção maior do que alguma vez poderá ter tempo para a terminar.