Lamplight City – Análise
Lamplight City é um jogo de aventura “point and click” que se distingue dos seus pares pela liberdade que apresenta ao jogador na forma como avançamos. Enquanto a maioria das ofertas do género consiste em aventuras largamente lineares, Lamplight City segue uma abordagem diferente onde os objetivos são cumpridos de maneira muito mais livre e o enredo molda-se em torno das repercussões do sucesso e insucesso do jogador.
Desempenhamos o papel de um detetive na época vitoriana em Londres, com alguns elementos fictícios à mistura. São-nos apresentados casos criminais que podemos abordar livremente com o objetivo de encontrar o culpado de cada um. O processo de resolução de cada caso envolve o trabalho típico de um detetive: investigar locais de interesse, interrogar potenciais suspeitos e resolver quebra-cabeças para apurar a verdade. De realçar que apesar da liberdade que temos na escolha dos casos a resolver, o processo de resolução de cada caso é bastante linear, sendo necessário cumprir todas as tarefas numa ordem específica.
A jogabilidade consiste na interação do jogador com objetos e personagens. Não existe grande variedade nas mecânicas de jogo, “puzzles” incluídos, podendo revelar-se uma experiência monótona para quem não esteja habituado à estrutura dos jogos deste género. Para além disso, a dificuldade dos “puzzles” deixa algo a desejar e apresenta registos muito semelhantes. O facto de ser possível chegar à conclusão errada na resolução de um “puzzle” é um aspeto apelativo e único de Lamplight City, com o potencial de alterar o rumo da aventura de forma inesperada, e é pena que a base desses eventos não seja mais elaborada na sua lógica e abordagem.
O enredo, apesar de simples na sua génese, tem alguns momentos interessantes e reviravoltas relacionadas com a conclusão de cada caso. O jogador é assim incentivado a seguir opções diferentes em sessões de jogo posteriores, pois os resultados serão sempre diferentes o suficiente para compensar o esforço. Ver de que forma é possível chegar a resultados diferentes para o mesmo “puzzle” quase consegue ser mais divertido do que a sua resolução.
A sua apresentação, que mistura “pixel art” com cenários pré-renderizados, é muito singular e concede a este retrato de Londres um ambiente imersivo e motivante para se explorar. Apenas peca pela falta de animações, que acabam por salientar a pobreza dos cenários mais simples. De forma surpreendente, todos os diálogos do jogo encontram-se vocalizados de forma competente, o que contribui para tornar o mundo de Lamplight City mais imersivo. Quando jogado no ecrã da Switch também é possível utilizar apenas o ecrã táctil, o que é perfeito para uma experiência como esta.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Flexibilidade do enredo
- Diálogo integralmente vocalizado
Pontos negativos
- Falta de animações
- "Puzzles" simplistas
Insiste diariamente na superioridade da série Metroid Prime. Habitualmente ocupado a salvar o mundo de mais um deus irado, pausando ocasionalmente para redigir a sua próxima crónica.