Azure Striker Gunvolt 3 – Análise
O sucesso da série Azure Striker Gunvolt inspira muita confiança, especialmente entre os fãs de Mega Man X que ainda têm esperança de ver um X9. Azure Striker Gunvolt 3 é o jogo mais recente numa série marcada pela consistência, bem como por conceitos e mecânicas muito semelhantes entre cada jogo. Este terceiro capítulo não apresenta uma fórmula revolucionária ou impressionante, mas traz-nos a sua marca habitual de uma jogabilidade divertida e um protagonista com um estilo próprio. O enredo é facilmente posto de lado e desnecessário para acompanhar o jogo, retendo apenas que a nossa protagonista se chama Kirin e que vamos encontrar Gunvolt, protagonista dos jogos anteriores.
Apesar de a fórmula da série se manter consistente, este terceiro capítulo apresenta algumas ideias novas na exploração dos níveis que conseguem criar uma sensação distinta em relação aos jogos anteriores. Podemos alternar entre Kirin e Gunvolt em qualquer momento, uma primeira vez para a série, e a diferença entre os dois é bastante notável. Kirin, protagonista principal, utiliza sobretudo ataques a curta distância e uma mecânica de marcação de inimigos que lhe permite aumentar os danos bem como teletransportar-se para junto de um inimigo marcado; já Gunvolt funciona de forma diferente e a sua jogabilidade é centrada na acumulação de energia que se obtém quando Kirin mata inimigos seguida de um ataque devastador, o que significa que Gunvolt deve ser usado como trunfo após acumular energia com Kirin. É uma ideia bastante interessante e foi implementada de forma muito acessível, o que leva a que o jogo seja significativamente mais fácil que os anteriores. Como acontecia com os jogos precedentes, Azure Striker Gunvolt 3 traz uma variedade de missões mais difíceis após completar a campanha principal, sem esquecer que a primeira vez que se joga vai dar o aspeto de ser um jogo bastante fácil.
Após cada nível o jogo oferece elementos extra, como as habilidades de combate que são exatamente iguais às dos jogos anteriores e que se executam durante a ação, bem como habilidades passivas que permitem recuperar vida, provocar mais dano aos inimigos, etc. Nota-se também que o desenho dos níveis evoluiu na sua dimensão vertical para acomodar a nova mecânica de Kirin, que também pode ser usada em objetos, o que é algo muito positivo ainda que globalmente a experiência continue bastante semelhante à dos outros jogos. Os inimigos continuam a ser banais e demasiado fáceis e Gunvolt 3 tem alguns dos “bosses” menos desafiantes da série. Não há nenhum que se destaque, com exceção do “boss final” que exige bastante do que o jogador aprendeu durante o jogo.
Tal como acontecia com os capítulos precedentes, a apresentação é excelente nos mesmos pontos. O ambiente visual e a animação mantêm a qualidade e certos aspetos, como a resolução e quantidade de efeitos superam qualquer jogo anterior na série. A música continua cheia de adrenalina que caracterizou os outros jogos da série, com composições que fazem lembrar uma série de animação japonesa e que complementam lidamente a apresentação visual. Por outro lado o diálogo tenta ter alguma personalidade mas acaba por fazer pior, para infelicidade dos atores de voz encarregados de transmitir autenticidade a este universo sem lógica nenhuma, onde o enredo é bastante fraco.
Metacritic – Azure Striker Gunvolt 3 follows the footsteps of its predecessors and sticks to their guns. This third chapter introduces some new elements, namely when it comes to character mechanics, but it keeps the overall trademarks of the Azure Striker Gunvolt series intact, with emphasis on the frantic action and the marvelous audiovisual world. Those looking for a high difficulty challenge might end up a bit disappointed though, as the game is truly as accessible as humanly possible.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Jogabilidade tão divertida e frenética como sempre
- Kirin complementa muito bem o estilo de Gunvolt
- Ambiente visual e animações fantásticas
Pontos negativos
- Gunvolt torna o desafio demasiado banal
- Enredo e diálogos muito fracos
Eu sou um amante de videojogos, que adora falar sobre o que faz um videojogo bom ou mau. Mas acima de tudo adoro entreter pessoas e fazê-las rir, por isso decidi dedicar-me a criar um canal onde posso por em prática duas das coisas que mais amo fazer.