Cursed to Golf – Análise
Videojogos com base em desportos e que juntam o conceito da sua jogabilidade a elementos de outros géneros podem levar a algo único. Cursed to Golf segue este rumo, com um jogo que ao golfe junta “puzzles”, plataformas, e elementos de um “roguelike”. De forma muito direta somos introduzidos na história de um golfista que durante um evento, tem o infortúnio de ver a sua vida chegar ao fim após ser atingido por um raio. Preso no purgatório, temos a possibilidade de tentar fugir deste infortúnio e regressar ao mundo dos vivos através da resolução de “puzzles” e de muitas tacadas.
Se o conceito pode parecer repetitivo, a introdução gradual dos elementos vai garantir o nosso interesse até ao fim, e de forma surpreendente. O desafio é bastante exigente, e o limite de tacadas obriga o jogador a pensar cada jogada de forma muito cuidada. É frequente termos de repetir os níveis e repensar as nossas escolhas, felizmente a componente “roguelike” garante que a experiência não se torna demasiado repetitiva. Os níveis são variados e a sua criação aleatória está bem implementada, nunca se observando níveis desequilibrados ou impossíveis de terminar. Existem três tipos de taco que alteram significativamente o trajeto da bola, seguindo os conceitos do golfe. A isto acrescenta-se um sistema de cartas que alteram as propriedades da bola. Este é provavelmente o elemento mais diferenciador e que deveria ter sido mais explorado com maior quantidade e variedade de opções. A jogabilidade em relação ao golfe propriamente dito acaba por ser o que se espera e sem grande margem para equívocos.
Já do ponto de vista visual, Cursed to Golf apresenta uma direção artística “pixel art” e com uma temática macabra, onde encontramos elementos alusivos ao purgatório, acompanhada por uma banda sonora surpreendentemente cativante e imersiva.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Componente "roguelike" bem implementada
- Banda sonora surpreendente
- Conceito original e interessante
Pontos negativos
- Nível de dificuldade pode afastar os menos experientes
- Sistema de cartas subaproveitado
Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.