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Chaos;Head Noah / Chaos;Child Double Pack – Análise

Chaos;Head Noah é o jogo mais esperado pelos fãs da MAGES, conhecida por ter criado o universo Science Adventure que nos trouxe o fantástico Steins;Gate e Robotics;Notes. Chaos;Head Noah é a versão definitiva do original, que chega pela primeira vez ao Ocidente e na Nintendo Switch temos direito a um conjunto que inclui a sequela Chaos;Child.

Takumi é um estudante do secundário que mais preferia ficar em casa a jogar MMORPGs do que interagir com seres humanos. Takumi ‘otimizou’ o seu calendário escolar para poder passar de ano enquanto assiste ao mínimo de aulas possível. Vive num contentor no alto de um prédio em Shibuya, Tóquio, com as suas figuras de séries de animação, e com a companhia do “chatroom” do seu jogo favorito. O mistério com Takumi começa com relatos de homcídios a acontecer na sua zona e um dia, uma figura misteriosa conhecida como “Shogun” envia o que parece ser uma premonição de um homicídio ainda por acontecer. O que espera Takumi e os seus eventuais companheiros é um mistério que tem tanto de bizarro como de fantástico.

Visualmente esta conversão de Chaos:Head mantém o seu estilo fiel ao original, incorporando um pouco da estética exibida pela sequela para manter a consistência entre ambos. Em alguns pontos o cenário tem três dimensões, como acontece no quarto do protagonista, o que torna a experiência mais dinâmica e menos estática. Chaos;Head é violento e além da sua aparência de série de animação escolar, apresenta cenas perturbadoras, ou não fosse essa a natureza do enredo.

O maior problema de Chaos;Head Noah é infelizmente a sua tradução. Se já existiam indícios neste sentido antes do seu lançamento, é algo que agora se constata em pleno. Algumas falas parecem mal construídas ou têm significados bastante confusos. Dito isto e sabendo que Takumi ao falar utiliza bastante uma linguagem típica de um utilizador inveterado da internet, cheia de abreviaturas, “memes” e onomatopeias, o protagonista é claramente bem interpretado pela pessoa que é. O problema não é Takumi per se mas as suas expressões, que perdem o seu duplo sentido ou que não existem na tradução, o que acaba por retirar o sentido à leitura em várias partes. Felizmente Chaos;Child não sofre do mesmo problema, a sua tradução feita no passado é relativamente boa e acaba por passar bem a intenção do autor quando existem duplos sentidos ou algo que referencie acontecimentos anteriores, por exemplo.

A sequela desenrola-se seis anos após os acontecimentos de Chaos;Head e aborda um pouco mais os temas de suspense do original, com um novo protagonista a explorar uma nova onda de homicídios a ocorrer no mesmo local, possivelmente relacionados com o que aconteceu anteriormente. Chaos;Child, tal como Chaos;Head, tem um enredo relativamente linear, com algumas escolhas durante a primeira leitura. Vai ser possível realizar escolhas adicionais que podem levar a finais diferentes, e ambos os jogos têm um final ‘autêntico’ que se torna disponível após completar todas as outras possibilidades.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
7 10 0 1
Problemas de tradução à parte, Chaos;Head Noah consegue ser uma experiência bastante interessante, com suspense e mistério onde é difícil descobrir o que é realidade ou não, e tornando a verdadeira identidade de Shogun um mistério de para desvendar. Chaos;Child é igualmente interessante e uma sequela com muito para dar, especialmente após completar o original.
Problemas de tradução à parte, Chaos;Head Noah consegue ser uma experiência bastante interessante, com suspense e mistério onde é difícil descobrir o que é realidade ou não, e tornando a verdadeira identidade de Shogun um mistério de para desvendar. Chaos;Child é igualmente interessante e uma sequela com muito para dar, especialmente após completar o original.
7/10
Total Score

Pontos positivos

  • História completa num conjunto
  • Mistérios bem formados

Pontos negativos

  • Problemas de tradução

André Reis

O chicote que mantém a máquina a funcionar. Entusiasta pela indústria e com um gosto variado, mas com um especial amor por JRPG, nunca deixa escapar uma boa promoção e por consequência tem uma coleção maior do que alguma vez poderá ter tempo para a terminar.