Koa and the Five Pirates of Mara – Análise

Koa and the Five Pirates of Mara é a aguardada sequela do muito aclamado Summer of Mara, que chegou à Nintendo Switch em 2020. Desde logo esta continuação surpreende pois opta por abordar a experiência de forma completamente diferente, abandonando a simulação e gestão para abraçar um formato de aventuras e plataformas em 3D. O resultado é um jogo que se situa habilmente entre uma sequela direta e um “spin-off” criativo.

Five Pirates of Mara decorre num ambiente marítimo onde nos vemos envolvidos numa rivalidade entre piratas, o que traz uma nova dimensão de competitividade ao jogo que funciona de forma cativante. Quem preferir uma abordagem mais direta pode concluir a aventura num espaço de tempo relativamente curto, enquanto quem quiser encontrar todos os objetos vai ter mais tempo para o fazer. Os controlos foram implementados de forma acessível e intuitiva e são de adaptação relativamente simples, o que é positivo para um jogo com uma natureza competitiva. Por outro lado, os segmentos que se desenrolam debaixo de água conferem a Five Pirates of Mara um ritmo menos acelerado, o que é uma mudança bem-vinda na dinâmica de jogo.

Enquanto o ambiente visual não apresenta elementos que sobressaiam pela originalidade ou novidade, é bastante cativante e variado, e confere ao mundo do jogo um olhar de riqueza e diversidade estética. Já a banda sonora acaba por não se destacar de forma significativa e torna-se um elemento que se esquece facilmente. Por sua vez, a curva de dificuldade podia ter beneficiado de uma abordagem diferente, e nota-se que os desafios iniciais são muito distintos dos confrontos finais. Uma abordagem mais equilibrada poderia evitar alienar jogadores menos experientes que se podem sentir desencorajados.

Já ao nível do desempenho, Koa and the Five Pirates of Mara é uma adaptação bastante bem conseguida e otimizada para as capacidades da Nintendo Switch que torna o jogo extremamente versátil, o que leva a que seja uma experiência que funciona bem quer em sessões mais curtas no ecrã da concolsa, quer em maratonas mais longas em frente à TV. O jogo transmite uma experiência envolvente que junta elementos reconhecíveis com novidades bem-vindas, conquistando um lugar digno no catálogo da Switch.

Sérgio Mota

Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.