Moving Out 2 – Análise
Moving Out apresentou um conceito simples mas incrivelmente divertido e desafiante, deixando uma grande margem para desenvolver a sua fórmula. Foi assim sem surpresa que as as expectativas em relação a Moving Out 2 atingiram um nível bastante alto. Felizmente, podemos afirmar com segurança que não saímos daqui desiludidos.
O enredo de Moving Out 2 pega em parte nos acontecimentos do jogo anterior e destaca-se sobretudo pela ousadia e humor, embora o seu principal propósito seja o de enquadrar a ação. No início, temos um tutorial habilmente integrado no desenrolar da ação e que nos orienta pelos meandros do jogo, apresentando todas as dificuldades que poderemos vir a encontrar, entre agarrar objetos e atirá-los para o camião de mudanças. A curva de aprendizagem é equilibrada, embora a progressão possa por vezes ser mais lenta do que o desejado, já que é necessário atingir um certo nível para avançar para as casas seguintes. Isto pode implicar a repetição de níveis para podermos progredir. No entanto, a repetição é integral ao ciclo do jogo, para o bem e para o mal, uma vez que ao terminar cada nível desbloqueamos mais desafios dentro desse mesmo nível, o que torna a próxima visita ligeiramente diferente.
O objetivo é extremamente simples: mover objetos do ponto A ao ponto B da forma mais eficaz possível para concluir a tarefa dentro do limite de tempo estabelecido. Os controlos são intuitivos e bem implementados, o que favorece especialmente a componente multijogador local e permite que os novos jogadores entrem rapidamente no esquema de jogabilidade cooperativa. O jogo também conta com uma componente multijogador online que funciona igualmente entre plataformas diferentes, embora talvez seja necessário combinar uma chamada de Discord para os jogadores se organizarem. A presença de obstáculos leva a um nível adicional de estratégia, e torna estas sessões de jogo potencialmente caóticas e extremamente divertidas. Alguns objetos, devido ao seu tamanho e peso, exigem a cooperação de dois jogadores para se poderem mover, o que requer uma coordenação impecável. Além disso, os objetos mais pesados podem dificultar a locomoção das nossas personagens, o que obriga a mais estratégia e coordenação. Quando jogado a solo, mover objetos mais pesados pode tornar-se um obstáculo adicional, mas o jogo também permite controlar duas personagens ao mesmo tempo, o que mais uma vez lhe traz um nível acrescido de desafio já que vamos mover duas personagens enquanto tentamos transportar um sofá pela porta.
Os níveis são variados e bem pensados, crescendo tanto em escala quanto em dificuldade, e exibem uma direção artística bastante vistosa, cheia de pormenores interessantes e de humor. A banda sonora acompanha a qualidade visual do jogo com mestria, acentuando o ritmo frenético durante os momentos caóticos da jogabilidade. As personagens apresentam características divertidas, com a possibilidade de desbloquear bastantes mais à medida que avançamos, o que nos proporciona uma motivação adicional para continuar a jogar. Do ponto de vista do desempenho, o jogo porta-se bastante bem na Nintendo Switch, aproveitando ao máximo a versatilidade da consola, e permite que os jogadores desfrutem facilmente do modo multijogador com dois Joy-Con.
Moving Out 2 é uma experiência de jogo que não só cumpre com as expectativas elevadas mas consegue mesmo superá-las em muitos aspetos, e é um jogo divertido, desafiante e cheio de humor que se destaca pela sua simplicidade e que é muito bem-vindo à coleção de qualquer jogador que goste de uma experiência cooperativa cativante e divertida. Para os fãs da Team17 que procuram mais experiências de multijogador caóticas para jogar com amigos em casa, Moving Out 2 é uma escolha garantida para se viverem momentos fantásticos.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Conceito divertido
- Curva de aprendizagem equilibrada
- Sessões multijogador caóticas e divertidíssimas
Pontos negativos
- Progressão lenta
- Mecânicas repetitivas
- Sessões multijogador caóticas requerem coordenação
O chicote que mantém a máquina a funcionar. Entusiasta pela indústria e com um gosto variado, mas com um especial amor por JRPG, nunca deixa escapar uma boa promoção e por consequência tem uma coleção maior do que alguma vez poderá ter tempo para a terminar.