The Legend of Heroes: Trails from Zero – Análise
Depois de anos de espera pela sua chegada ao Ocidente, graças à NIS temos finalmente acesso a The Legend of Heroes: Trails from Zero, parte de uma duologia que trata os eventos na região de Crossbell e que faz parte de uma história que se passa entre os acontecimentos de Trails in the Sky e Trails in Cold Steel. Trails from Zero segue a jornada de Lloyd Bannings, um investigador novato dos quadros da polícia de Crossbell City. À medida que Lloyd e os seus parceiros avançam numa investigação, veem-se envolvidos numa enorme rede de corrupção e de conspirações que ameaçam a paz na região e eventualmente, em todo o continente. O enredo encontra-se bastante bem apresentado, a par com os outros capítulos da série Trails, e retrata a região de forma única e claramente destacada dos outros jogos, dando-lhe a sua própria identidade. A intriga política e o percurso das personagens são também equilibrados, e dão espaço para elas crescerem e completarem as suas narrativas, complementando a vertente política de forma bem estruturada.
Como em Trails in the Sky, o combate em Trails from Zero tem uma grande componente estratégica onde é preciso prestar atenção à ordem dos turnos e ao posicionamento para tirar maior partido dos seus sistemas. O chamado “Tactical Link System” é a mecânica em destaque que permite criar sinergias entre as habilidades das personagens, e une as habilidades de ambas as personagens para executar uma combinação mais poderosa e melhorar atributos do grupo, ou aumentar a potência dos curativos o que incentiva o jogador a melhorar as relações entre as personagens e a ponderar a composição do grupo. Além da complexidade do sistema de combate por turnos, Trails from Zero conta ainda com um robusto sistema de habilidades denominadas Arts para feitiços e Crafts para habilidades físicas, ambas com os seus próprios recursos para gerir a utilização, e que podem ser usadas de forma ofensiva ou defensiva, sendo também a sua gestão crucial para garantir a sobrevivência do grupo já que nem sempre é fácil encontrar os recursos que as sustentam. A personalização das nossas personagens também é relativamente fácil graças ao sistema de Orbments, que nos permite atuar sobre habilidades aprendidas. Ao equipar Quartz diferentes podemos melhorar, aprender, ou desbloquear habilidades novas que alteram certos efeitos.
Ao contrário de Trails of Cold Steel, Trails from Zero (que foi originalmente lançado anos antes das aventuras de Rean) adota um estilo artístico mais semelhante à trilogia de jogos Trails in the Sky, com cenários em três dimensões geralmente apresentados numa perspetiva isométrica, juntamente com personagens em duas dimensões pré-renderizadas a partir de modelos mais simples. Apresentam mesmo assim um aspeto único, reminiscente para quem conhece jogos anteriores da Falcom que apresentavam o mesmo motor gráfico.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Bom ponto de início
- Combate bem implementado
- Banda sonora fantástica
Pontos negativos
- Enredo demora a afirmar-se
- Muito trás para a frente
O chicote que mantém a máquina a funcionar. Entusiasta pela indústria e com um gosto variado, mas com um especial amor por JRPG, nunca deixa escapar uma boa promoção e por consequência tem uma coleção maior do que alguma vez poderá ter tempo para a terminar.
Análise muito boa, não tenho tanta experiência com trails of, mas curti bastante esse jogo. Tenho uma pergunta, vocês farão análise de Xenoblade 3 Future Redeemed? O jogo parece excelente.