Horizon Chase 2 – Análise

Horizon Chase é uma série que presta homenagem aos jogos de corridas icónicos que se encontravam nas salas de “arcade”, onde atingir a linha do horizonte era o objetivo. Esta sequela esforça-se para expandir a fórmula dos jogos anteriores, embora tenha optado por uma direção artística mais contemporânea, escolha que embora traga a experiência para mais perto dos dias hoje, pode não reunir a unanimidade dos fãs da série.

A jogabilidade é acessível e bem desenvolvida, e encontra-se dentro do que se espera de um jogo de corridas contemporâneo numa vertente “arcade”. Os controlos simples e intuitivos são a chave para uma imersão completa na sensação de velocidade e na ação, e Horizon Chase 2 não fica atrás. A sensação de estar ao volante de carros velozes enquanto percorremos pistas emocionantes é uma experiência que agrada tanto a novatos quanto a veteranos.

Os modos de jogo trazem uma variedade ampla e garantem uma longevidade considerável. No “World Tour” a experiência é reminiscente dos jogos “arcade” clássicos, onde cada corrida decorre numa parte diferente do mundo e as pistas encontram-se repletas de paisagens deslumbrantes e desafios eletrizantes. Durante as corridas, encontramos as cobiçadas moedas azuis, essenciais para desbloquear o conteúdo adicional e que recompensam a exploração e a mestria. O “Time Trial” coloca-nos em desafios cronometrados, com uma reviravolta intrigante na forma de pequenos bônus de tempo que podem ser estrategicamente recolhidos ao longo da corrida.

A variedade de carros disponíveis é muto abrangente e satisfaz uma série de gostos, desde os apaixonados por carros desportivos aos que preferem veículos menos chamativos. O jogo permite ainda melhorar gradualemente a aceleração e a velocidade máxima de cada carro para uma experiência mais personalizada e uma curva de dificuldade progressiva e mais equilibrada. É importante referir que Horizon Chase 2 é desafiante, sobretudo quando procuramos apanhar todas as moedas, o que requer precisão e habilidade em segmentos específicos. O desenho dos traçados é também interessante e inspirado em cenários de vários pontos do mundo. No entanto, a visibilidade fraca de algumas curvas pode ocasionalmente causar momentos mais frustrantes.

As capacidades multijogador são sem dúvida um ponto alto, e encontram-se implementadas de forma competente tanto na vertente local com ecrã dividido como na vertente “online”. Já em relação ao desempenho, notam-se algumas quebras de fluidez em momentos de corrida mais intensos. Embora estas quebras não prejudiquem irremediavelmente a experiência, seria bastante positivo ver algumas melhorias no desempenho, algo que a equipa de desenvolvimento nos referiu como uma prioridade a ser trabalhada em futuras atualizações.

Sérgio Mota

Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.