The Legend of Nayuta: Boundless Trails – Análise
The Legend of Nayuta: Boundless Trails é um jogo que finalmente vê a luz do dia fora do Japão, onze anos depois do seu lançamento inicial para a PlayStation Portable. Graças à NIS America, esta obra da Nihon Falcom pode hoje ser jogada no resto do mundo com um aspeto visual melhorado e diálogo traduzido para inglês. The Legend of Nayuta não faz parte do épico de Zemuria, onde se desenrola a série Trails. Trata-se antes de um jogo cujo enredo existe por si só, pedindo emprestado o título de Trails. Fora a semelhança no nome, Nayuta pouco ou nada tem em comum com a série Trails, e aproxima-se muito mais de outra história da Nihon Falcom, a de Adol Christin na série Ys.
The Legend of Nayuta: Boundless Trails segue a história de Nayuta Hershel, um rapaz com a ambição de ser explorador e de conhecer mais sobre os mistérios do mundo e sobre os fragmentos de estrelas que mostram visões de um universo muito diferente. Juntamente com o seu amigo Cygna regressam à ilha que chamam de casa e encontram uma criatura misteriosa numas ruínas que apareceram do céu. Após alguns encontros começam a ajudar Noi, uma fada de outro mundo em busca das chamadas “Master Gears” que controlam os sistemas reguladores do clima num mundo paralelo. Em termos de enredo, The Legend of Nayuta tem algo bastante simples e previsível, mas não deixa de ser interessante. Ao estilo da Nihon Falcom, Nayuta está muito bem escrito e o seu mundo encontra-se bem desenvolvido, o que torna a experiência bastante agradável para se interagir com outras personagens entre sessões de exploração e combate.
Por falar em exploração, Nayuta segmenta a sua progressão em níveis distintos com objetivos a completar, sendo o mais simples chegar à saída da zona. Por vezes vamos ter objetivos adicionais em troca de recompensas, como habilidades novas que podemos aprender após ganhar pontos suficientes. Para atravessar os níveis em Nayuta vamos percorrer secções de plataformas em três dimensões com combate em tempo real. Isto acontece sem termos controlo sobre a câmara, o que por vezes leva a momentos complicados para saber por onde vamos seguir. Fora isso, Nayuta é bastante rápido a responder aos nossos comandos, com movimentos rápidos e controlo total da nossa trajetória no salto.
Entra aqui também a mecânica principal de Nayuta. Com as “Master Gears” que recuperamos em cada continente podemos também causar alterações climáticas que mudam por completo os níveis explorados anterioremente, revelando por vezes caminhos novos ou até alterando a composição dos inimigos, o que acrescenta alguma variedade bem-vinda ao jogo. Em combate, temos dois tipos de ataques, físicos e mágicos, juntamente com algumas habilidades que vamos aprendemos ao longo dos níveis. Os ataques físicos dispõem de variantes ligeiras e mais pesadas, dependendo da arma que usarmos. Já os ataques mágicos são executados por Noi, que nos acompanha na viagem e obtém feitiços novos à medida que avançamos. Os feitiços de Noi podem também subir de nível, o que os torna mais poderosos.
Embora The Legend of Nayuta seja relativamente curto, as suas atividades acabam por se tornar algo repetitivas. Os inimigos e os espaços são reciclados frequentemente, e o ciclo de ações acaba também por se tornar repetitivo, com a possibilidade de realizar atividades opcionais para os habitantes da ilha mas muitas delas acabam por ser mais do mesmo.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Aspeto visual renovado
- Combate fácil de aprender
Pontos negativos
- Repetitivo
- Câmara coloca demasiadas dificuldades
O chicote que mantém a máquina a funcionar. Entusiasta pela indústria e com um gosto variado, mas com um especial amor por JRPG, nunca deixa escapar uma boa promoção e por consequência tem uma coleção maior do que alguma vez poderá ter tempo para a terminar.