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OPUS: Echo of Starsong – Full Bloom Edition – Análise

OPUS: Echo of Starsong – Full Bloom Edition é o terceiro jogo da SIGONO INC. a integrar a série OPUS de jogos de aventura e quebra-cabeças. Trata-se de uma produção de um calibre mais elevado do que os seus antecessores e que junta os seus melhores elementos para criar o jogo mais complexo e imersivo da série. A aventura é contada sob o ponto de vista de Jun, um nobre em idade avançada que reconta os obstáculos que atravessou para restaurar o orgulho da sua família após uma sequência de acontecimentos que a deixou na desgraça. Na sua busca, Jun deparou-se com Eda, uma bruxa que alterou o rumo da sua vida para sempre desde o seu encontro fatídico décadas antes.

A jogabilidade em Echo of Starsong é multifacetada, contrariamente aos dois jogos anteriores que se basearam primariamente em mecânicas “point and click” para a interação com os quebra-cabeças e avanço ao longo dos cenários. Desta vez a interação entre personagens apresenta-se de forma semelhante ao que acontece num “visual novel”, acompanhada de ilustrações ocasionais que ocupam todo o ecrã e substituem os retratos estáticos de cada interveniente. Destaque também para os diálogos vocalizados em japonês ou mandarim, o que compensa parcialmente a falta de animações destas sequências e facilita a imersão do jogador.

Echo of Starsong inclui um sistema simples de gestão de recursos onde é necessário comprar e vender recursos resultantes da exploração de cada local, o que possibilita viagens a locais mais distantes, e assim prosseguir com a aventura. A resolução de cada quebra-cabeças é baseada na atuação de músicas apelidadas de Starsongs, que são capazes de modificar e manipular diferentes elementos de cada cenário de acordo com as necessidades do jogador. Estes quebra-cabeças requerem por norma bastante atenção aos sons que estão a ser produzidos no momento, pelo que se aconselha o uso de auscultadores quando jogado no ecrã da Switch. Existe ainda uma componente de sorte associada a algumas das decisões que tomamos durante o jogo e que normalmente se encontra num CRPG. Não leva a situações particularmente exigentes ou frustrantes, dado que podem ser facilmente repetidas até o resultado nos ser favorável, o que torna esta inclusão desnecessária e redundante.

Visualmente é um jogo muito apelativo, e a combinação de elementos a duas dimensões com cenários desenhados a três dimensões resulta num estilo único e bonito, complementado por excelentes ilustrações das ocorrências durante os diálogos. A componente sonora é um dos aspetos mais importantes da experiência dado o destaque que recebe durante a aventura, e isso reflete-se na qualidade da banda sonora e efeitos sonoros ao longo do jogo. O desempenho gráfico é fluido quer num ecrã de televisão, quer no ecrã da Switch, e as perdas neste último são mínimas, sobretudo nos modelos OLED.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
8 10 0 1
OPUS: Echo of Starsong - Full Bloom Edition é uma aventura cativante e emotiva, capaz de satisfazer mesmo quem não jogou os seus antecessores. O ênfase dado à componente sonora é também um grande ponto de atração, e traz uma jogabilidade diferente da dos seus contemporâneos que os fãs do género vão apreciar.
OPUS: Echo of Starsong - Full Bloom Edition é uma aventura cativante e emotiva, capaz de satisfazer mesmo quem não jogou os seus antecessores. O ênfase dado à componente sonora é também um grande ponto de atração, e traz uma jogabilidade diferente da dos seus contemporâneos que os fãs do género vão apreciar.
8/10
Total Score

Pontos positivos

  • Ambiente visual apelativo
  • Mundo bem concebido
  • Preço baixo

Pontos negativos

  • Mecanismo de sorte desnecessário

Diogo Caeiro

Insiste diariamente na superioridade da série Metroid Prime. Habitualmente ocupado a salvar o mundo de mais um deus irado, pausando ocasionalmente para redigir a sua próxima crónica.