Afterimage – Análise
Jogar um bom “Metroidvania” é uma experiência incomparável, e a Nintendo Switch conta com um bom catálogo capaz de cumprir com esta expectativa. Afterimage é a obra mais recente, um esforço ambicioso da Aurogon Shanghai que pede por um destaque, não apenas pela sua direção artística peculiar num estilo semelhante a um filme de animação japonês, mas também pelas suas personagens muitíssimo carismáticas.
A magnificência artística de Afterimage é sem dúvida uma das mais envolventes entre os seus pares. Os cenários, muito bem trabalhados e com pormenores deslumbrantes, dão ao jogo um sentido de imersão que nos entra pelos olhos, sobretudo se jogado no ecrã da Nintendo Switch OLED. Não é menos verdade, porém, que esta exuberância visual tropeça nas limitações técnicas da consola em várias ocasiões, mas este problema foi habilmente mitigado graças aos “patches” de otimização que foram disponibilizados. A experiência consegue assim manter-se estável e fluida a 60 fotogramas por segundo, ou muito perto disso, ainda que com alguns compromissos realizados de maneira inteligente. Embora isto faça a versão Switch de Afterimage ficar a perder em comparação a plataformas mais robustas, sai compensada pela versatilidade da consola.
O argumento de Afterimage segue um ritmo lento de início, e demora algum tempo para se tornar cativante, mas os jogadores mais pacientes serão recompensados com uma história densa e rica que vai muito além da relação pessoal entre os protagonistas Renee e Ifree, e a complexidade na exploração torna-se um desafio significativo que vai exigir habilidade e sagacidade aos jogadores mais versados no género. Os controlos são simples, intuitivos e bem implementados, enquanto o sistema de combate é envolvente e abrangente. A progressão dos nossos protagonistas segue as convenções de um RPG, onde subimos de nível e desenvolvemos as nossas capacidades ao longo de vários ramos do que é vulgarmente conhecido como uma árvore de habilidades. O nível de desafio é grande, mas a curva de aprendizagem é equilibrada, e permite um ritmo de jogo envolvente. Este ritmo acaba por ser prejudicado por momentos de exploração desnecessária, que são como uma barreira para jogadores que possam não ter uma orientação clara em relação ao trajeto.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Direção artística deslumbrante
- Personagens carismáticas
- Sistema de combate envolvente
Pontos negativos
- Limitações técnicas
- Momentos de exploração pouco intuitiva
- Início lento do enredo
Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.